Um confrade propõe-nos a seguinte questão:
“Sabemos que a moral adotada pelo Espiritismo é a mesma de Jesus. Se isso é
verdade, que é que o Espiritismo acrescenta ao ensino cristão?”
De fato, como disse nosso amigo, Allan Kardec,
o Codificador do Espiritismo, realmente disse, na primeira de suas obras, que
"a moral dos Espíritos superiores se
resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica: Fazer aos outros o que
quereríamos que os outros nos fizessem, ou seja, fazer o bem e não fazer o mal"
("O Livro dos Espíritos", Introdução, item VI).
O Espiritismo não criou, portanto, nenhuma
moral nova, assunto que o Codificador do Espiritismo iria esclarecer mais de
dez anos depois, conforme podemos ver no livro “A Gênese”, cap. 1, item 56:
"A moral que os Espíritos ensinam é
a do Cristo, pela razão de que não há outra melhor" ("A Gênese",
cap. 1, item 56).
O que a moral evangélica recebeu do
Espiritismo – explica Kardec nesta última obra – é a sanção, a confirmação, a
certeza de sua expansão em todo o mundo, para concretização da profecia
proferida por Jesus no conhecido sermão profético, em que o Mestre afirmou:
"Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas; - e
porque abundará a iniquidade, a caridade de muitos esfriará; - mas aquele que
perseverar até ao fim será salvo. - E este Evangelho do reino será pregado em
toda a Terra, para servir de testemunho a todas as nações. É então que o fim chegará".
(Mateus, 24:11 a 14.)
Como novidade estranha aos evangelhos, o
ensino dos Espíritos acrescentou à doutrina cristã o conhecimento dos
princípios que regem as relações entre os mortos e o vivos, princípios que
completam as noções vagas que se tinham da alma, de seu passado e seu futuro,
dando por sanção à doutrina de Jesus as próprias leis da natureza, visto que
nenhum dos princípios espíritas é fruto de decisões conciliares.
A imortalidade, a reencarnação, a
comunicação com os mortos, a lei de causa e efeito não são dogmas, mas fatos
observáveis pelo experimentador paciente e que nós mesmos iremos um dia
atestar, sem necessidade de que ninguém os apresente aos nossos olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário