CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Naquela
quinta-feira, os dois jovens amigos haviam combinado um encontro às quatro da
tarde. Era só mais um de tantos já ocorridos.
Não tinham
mais que doze anos e, portanto, quase a mesma idade; gostavam de muitas coisas em comum. Eram meninos
simples, conheciam as mais singelas ramificações da vida, ou seja, as melhores.
Estavam na
praça da pequena cidade; sempre conversavam muito, riam e brincavam, principalmente,
de bola. E o tempo andava a passo lento naquele lugarejo, mas não para os
folguedos.
Como o
inverno quase se iniciava, o vento, naquela tarde, passou a ser mais gelado e
forte.
Seis horas. O
sino bateu. Concordaram que era hora de retornar. Um deles chegava mais rápido,
visto que a casa era mais central; o outro deveria morar mais distante, pois se
despedia do amigo e seguia adiante com seus passos. Então, seguiu.
Já em casa -
o da região central - o pai lhe perguntou:
- Tudo bem,
filho?
- Sim, pai. -
respondeu naturalmente.
Quando o
menino se preparava para ir tomar banho, o pai ainda questionou:
- E os
amigos? Por que não brinca com seus amigos?
- Meus
amigos? Eu sempre estou com um deles, do qual gosto muito. - lançou a
explicação.
- Voltando
para casa, hoje, vi que brincava, sozinho, de bola na praça. - o pai constatou.
- Não, estava
com meu amigo. - respondeu o garoto.
- Filho,
fiquei te olhando durante um tempo. Você estava sozinho. - explicou o pai.
- Pai, ele
estava lá comigo. Muitas tardes, passamos juntos nos divertindo e buscando
respostas para tantos porquês. - com honestidade, ele falou.
- Não estava.
Não havia ninguém. - o pai, impaciente, elevou a voz.
O filho,
incompreendido, pediu licença e foi para o banho.
Sentado, o
pai ficou ali nervoso e afastado do seu menino.
Mundos que se
encontram. Frequências existentes em todos os cantos. É, simplesmente, a vida.
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Bom dia prezados, eu sou autor de uma Proposta: Educação Familiar, porque penso, estivesse avisado talvez, não teria errado na proporção que errei. Por que pregão o amor, não preparam para amar! Abraços. Reinaldo Cantanhêde Lima
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