quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pílulas gramaticais (37)


Há situações em que temos dúvida se usamos o vocábulo “senão” ou “se não”. Eis o que nos ensina a gramática:

Se não:

Devemos usar “se não” (dois vocábulos separados) quando o sentido equivaler a  “caso não” ou “quando não”:
- Se não chover, irei.
- Este exemplo diz tudo; se não, vejamos...
- O soldado será punido se não for corretamente trajado.
- Eles são como irmãos, se não como pai e filho.
- Eis uma tarefa, se não impossível, bem difícil de realizar.
- Se a coisa lhe convém, ele é delicado; se não, é grosseiro.
- A empresa quer contratar três empregados, se não quatro.

Senão:

Usa-se “senão” (um vocábulo só) nas construções seguintes em que senão tem o sentido de “caso contrário”, “a não ser” e “mas”:
- Ande logo, senão chegaremos atrasados.
- A empresa precisa vender mais, senão não terá como pagar o aluguel.
- Não vieram à festa senão eles dois.
- Com a perda do esposo, ela não faz outra coisa senão chorar.
- Isto não cabe a mim, senão aos amigos.

*

A título de lembrete que esperamos seja oportuno, o certo é:
“somatório” (não existe somatória)
“terraplenagem” (não existe terraplanagem)
“asterisco” (não existe asterístico)
“rapar a barba” (e não raspar a barba)
“Polícia Militar fluminense” (e não polícia carioca, porque o vocábulo “carioca” se refere à cidade do Rio de Janeiro, não ao Estado do Rio)
“Campeonato fluminense” (e não campeonato carioca, porque o torneio envolve clubes do Estado e não somente da cidade do Rio de Janeiro).


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