Continuamos ontem à noite no Centro Espírita Nosso Lar, de
Londrina-PR, o estudo sequencial do livro O
Tesouro dos Espíritas, de autoria de Miguel Vives y Vives, conforme
tradução de J. Herculano Pires, publicada pela EDICEL.
Estas foram as questões propostas para debate inicial:
1. Como devemos encarar a missão da paternidade?
2. Basta-nos na vida evitar o mal ou é preciso algo mais?
3. Que devemos fazer para avançarmos no caminho da
depuração?
Realizou-se, na sequência, a leitura do texto abaixo, que
serviu de base aos estudos da noite, sendo feitos, a cada item lido, os
comentários pertinentes pelo coordenador e também pelos participantes do grupo:
66. O espírita deve sentir o mesmo amor por todos os seus
filhos, sem olvidar que os mais necessitados de sua misericórdia são os menos
providos de bondade e compreensão. (P. 84)
67. O pai e a mãe devem manter o amor em seus corações e,
se possível, muito mais forte pelo filho que mais necessita, seja por seu
atraso moral ou por outros motivos. Pois todo espírita que tenha filhos sabe
que não os tem por acaso. Foi obedecendo a um plano providencial que eles
nasceram. Quem sabe foram inimigos que têm dívidas a acertar? e por isso Deus
os coloca lado a lado, para um pagamento que de outra forma não poderiam
fazer... (P. 85)
68. Não existe efeito sem causa e Deus, na sua infinita
sabedoria, nada faz de inútil nem de injusto. O espírita, que conhece todas
estas coisas, não pode considerar a vida como um simples passeio, mas como uma
sequência de fatos que o ferirão até o mais fundo da alma, que o farão sofrer e
derramar lágrimas. (P. 86)
69. Todo espírita deve proceder com muito cuidado na missão
da paternidade, para jamais se deixar arrastar por uma atração de causa
desconhecida, em favor de uns filhos, nem pela frieza que pode sentir em
relação a outros. A justiça e o dever devem regular essas afeições ou repulsões
secretas que brotam da alma, porque um filho pode ser um grande inimigo de
outras existências, ou um amigo carinhoso. A solução é pois amar, amar, amar
aos que nos amam e aos que nos odeiam. (P. 87)
70. O amor, que é lei para a convivência humana em geral,
mais ainda o é no seio da família. O espírita que tiver o amor como lei e
prática, jamais estará em trevas. (P. 87)
71. Com relação aos pais, o espírita jamais poderá esquecer
o dever de tributar-lhes respeito, carinho e amor, fazendo por eles o que deles
recebeu, ainda mesmo quando seus pais não se tenham portado bem. (P. 88)
72. Todo homem é demasiado indulgente consigo mesmo e
encontra sempre meios para justificar a sua conduta. Há quem pense que pratica
o bem sendo bom pai, não fazendo nenhum mal, pagando suas dívidas, cumprindo
seus compromissos e dando algumas esmolas quando lhe apraz. Mas eis aí o
engano, pois não basta evitar o mal, é necessário fazer o bem. (PP. 90 e 91)
73. Nós espíritas não devemos proceder assim. Todo espírita
deve ser muito severo consigo mesmo e ser sempre o primeiro e o mais severo
juiz de si mesmo. Não pode olvidar que está neste mundo e tem de sofrer e lutar
por causa do seu atraso. (P. 92)
74. Para avançar no caminho da depuração, eis uma prática
que Miguel Vives seguiu durante muitos anos e que lhe deu os melhores
resultados: “Cada espírita procurará, todos os dias, antes de deitar-se, fazer
um exame de tudo o que sentiu e realizou no correr da jornada”. Há três maneiras
– segundo Vives – de cometer faltas: por pensamentos, palavras e ações. (P. 93)
76. Ao fazer o exame diário, vendo que está sugestionado
por maus pensamentos, o espírita deve tomar o firme propósito de resistir a
essas influências impuras e descaridosas. Para isso, pedirá forças ao Pai,
recordará a pureza das palavras e dos atos de Jesus e não se esquecerá de que
todos temos um Anjo Guardião encarregado de guiar-nos em nossa regeneração. (P.
94)
77. Mesmo que a vitória demore – diz Herculano Pires –, seu
dever é lutar, apelando constantemente ao Alto, pois a Doutrina ensina que não
fomos criados para a perdição, mas para a salvação. Se as forças lhe faltarem,
deve levantar-se de cada queda fazendo novos propósitos de vencer e renovando
seus pedidos ao Espírito protetor. (P. 95)
*
Concluído o estudo, foram lidas as respostas dadas às três
perguntas propostas. Ei-las:
1. Como devemos
encarar a missão da paternidade?
Todo espírita deve proceder com muito cuidado na missão da
paternidade, para jamais se deixar arrastar por uma atração de causa
desconhecida, em favor de uns filhos, nem pela frieza que pode sentir em relação
a outros. O pai e a mãe devem manter o amor em seus corações e, se possível,
muito mais forte pelo filho que mais necessita, seja por seu atraso moral, seja
por outros motivos, pois todo espírita que tenha filhos sabe que não os tem por
acaso. Foi obedecendo a um plano providencial que eles nasceram. Quem sabe
foram inimigos que têm dívidas a acertar? e por isso Deus os coloca lado a
lado, para um ajuste que de outra forma não poderiam fazer. (O Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia
Prático para a Vida Espírita, pp. 85
a 87.)
2. Basta-nos na
vida evitar o mal ou é preciso algo mais?
O Espiritismo ensina que não basta evitar o mal, é
necessário fazer o bem. Somos normalmente demasiado indulgentes conosco e
sempre encontramos meios para justificar nossa conduta. Há quem pense que
pratica o bem sendo bom pai, não fazendo nenhum mal, pagando suas dívidas,
cumprindo seus compromissos e dando algumas esmolas quando lhe apraz. Eis aí,
porém, um grande engano. Nós espíritas não devemos proceder assim. Todo espírita
deve ser muito severo consigo mesmo e ser sempre o primeiro e o mais severo
juiz de si mesmo. (Obra citada, pp. 90 a 92.)
3. Que devemos
fazer para avançarmos no caminho da depuração?
Devemos fazer o que Miguel Vives fez durante muitos anos e
que lhe deu os melhores resultados: “Cada espírita procurará, todos os dias,
antes de deitar-se, fazer um exame de tudo o que sentiu e realizou no correr da
jornada”. Há três maneiras, segundo Vives, de cometer faltas: por pensamentos,
palavras e ações. Ao fazer o exame diário, vendo que está sugestionado por maus
pensamentos, o espírita deve tomar o firme propósito de resistir a essas
influências impuras e descaridosas. Para isso, pedirá forças ao Pai, recordará
a pureza das palavras e dos atos de Jesus e não se esquecerá de que todos temos
um Anjo Guardião encarregado de guiar-nos em nossa regeneração. Mesmo que a
vitória demore, seu dever é lutar, apelando constantemente ao Alto, pois a
Doutrina ensina que não fomos criados para a perdição, mas para a salvação. Se as
forças lhe faltarem, deve levantar-se de cada queda fazendo novos propósitos de
vencer e renovando seus pedidos ao Espírito protetor. (Obra citada, pp. 93 a
95.)
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