segunda-feira, 23 de junho de 2014

As mais lindas canções que ouvi (93)



Um presente inesquecível

Ontem foi dia do meu aniversário e, como sempre, recebi inúmeros presentes, além de mensagens lindíssimas que os amigos postaram no Facebook, aos quais agradeço de coração.
A vida deu-me presentes preciosos desde que vim ao mundo: meus pais, meus irmãos, a companheira que me atura há tanto tempo, meus filhos, meus netos, tios e tias, primos e sobrinhos, meus amigos, meus benfeitores espirituais, que jamais se cansam...
Há, porém, dentre tantos presentes, um que recebi do meu pai, em alusão aos meus 14 anos... E esse presente se tornou inesquecível.
Em maio de 1958, a seleção brasileira preparava-se para a Copa do Mundo da Suécia e o Paraguai foi um dos convidados para os jogos de despedida, antes da viagem rumo à Europa.
Como ninguém ignora, foi naquele ano que a seleção trouxe para o Brasil seu primeiro caneco de expressão mundial – a Copa Jules Rimet – e revelou ao mundo dois gênios do esporte que amamos: Garrincha, 24 anos, e Pelé, 17 anos, o garoto que justamente naquela Copa receberia dos jornalistas franceses o título de Rei do Futebol.
O presente dos meus 14 anos foi conhecer o Rio de Janeiro e ver, no Maracanã,  jogar aquela que é considerada, com razão, a melhor seleção de todos os tempos.
A Copa propriamente dita só ouvimos pelo rádio, mas ali, pertinho do campo, vimos os craques que, semanas depois, fariam o povo brasileiro vibrar de emoção, como jamais se vira anteriormente no país.
Para festejar a Copa de 1958, pelo menos dois hinos foram compostos – como dizem, "aos 44 do segundo tempo" –, um de autoria de Alfredo Borba, que falava das cores da bandeira, da CBD (hoje CBF) e por aí afora, e um outro, que ficaria gravado na memória: "A Taça do Mundo é Nossa", obra de quatro publicitários: Wagner Maugeri, Lauro Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô.
Esse hino é – evocando meu aniversário de 14 anos e o clima que estamos vivendo de novo com a Copa do Mundo em nosso país – a canção que escolhemos nesta semana, dentro da série “As mais lindas canções que ouvi”.
Eis a letra:

A Taça do Mundo é Nossa

Wagner Maugeri, Lauro Müller, Maugeri Sobrinho e Victor Dagô

A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro

A taça do mundo é nossa
Com brasileiro não há quem possa
Êh eta esquadrão de ouro
É bom no samba, é bom no couro

O brasileiro lá no estrangeiro
Mostrou o futebol como é que é
Ganhou a taça do mundo
Sambando com a bola no pé
Goool!


Você pode ouvir o hino em duas diferentes versões clicando nos links abaixo:

E poderá também ver, na íntegra, a final da Copa de 1958, em que, como disse, ganhamos pela primeira vez a Copa Jules Rimet:




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