Observe esta
frase: “Eis aqui, então, uma regra prática...”
Em vez de
“eis aqui”, bastaria ter escrito: “Eis, então,
uma regra prática...”, evitando a redundância, visto que o vocábulo “eis”
significa “aqui está”.
Exemplos:
- Eis o
vencedor da Copa (Aqui está o vencedor da Copa)
- Eis o que
tenho de falar-lhes (Aqui está o que tenho de falar-lhes)
- Eis o filme
de que lhe falei (Aqui está o filme de que lhe falei).
*
Três outras
observações sobre o uso do vocábulo “eis”:
1) A
expressão “eis por que” escreve-se assim mesmo, com os vocábulos “por” e “que”
separados.
Exemplos:
- Eis por que
me afastei daquele grupo.
- Eis por que
começou o conflito.
2) Devemos
evitar o uso de “eis que”, quando for substituível por “uma vez que”.
Exemplos:
- Ele deve
vencer o campeonato, uma vez que é o melhor time. (E não: Ele deve vencer o
campeonato, eis que é o melhor time.)
- O recurso
será rejeitado, uma vez que é inepto. (E não: O recurso será rejeitado, eis que
é inepto.)
3) Se não for
substituível pela locução “uma vez que”, é válido usar “eis que”:
Exemplos:
- Quando
menos esperávamos, eis que se iniciou a confusão.
- Eis que
surgiu finalmente a noiva tão esperada.
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