Depois de amanhã – terça-feira, dia 10 de março –
Divaldo Franco coordena em nossa cidade o 1º Movimento Você e a Paz de Londrina. O texto que leremos a seguir foi
inspirado pelo importante evento, cuja proposta é, como sabemos, estimular em
todos nós a ideia de que a paz é possível e depende, fundamentalmente, da
vontade e da ação de todos nós que habitamos este lindo planeta.
Quando André Luiz, depois de haver passado oito anos no
Umbral, adentrou a região designada em seu livro como sendo a cidade ou colônia
espiritual “Nosso Lar”, um fato chamou-lhe de pronto a atenção. O ambiente
escuro, denso, desprovido de beleza – que caracterizava a região em que
estivera longo tempo – fora substituído por um cenário encantador e de paz, céu
azul, sol brilhante, lindas construções, embora a cidade se localizasse na
mesma região em que ele estagiara.
Em
“Nosso Lar” ele aprendeu coisas que jamais imaginara que existissem. O Umbral,
por exemplo, disse-lhe mais tarde seu amigo Lísias, “começa na crosta
terrestre”. “É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a
atravessar as portas dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no
vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos.” (Nosso Lar, cap. 12, pág. 70.)
O
Umbral funcionaria, pois, como região destinada ao esgotamento dos resíduos
mentais, uma espécie de zona purgatorial, em que se queima a prestações o
material deteriorado das ilusões adquiridas por atacado; contudo, jamais faltou
ali a proteção divina.
O
plano umbralino está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos
encarnados, visto que, em verdade, todo Espírito, onde estiver, “é um núcleo
irradiante de forças que criam, transformam ou destroem”.
Como
explicar, então, a diferença de cenário e de ambiente?
Por
que num lugar a escuridão, a revolta e o desespero, enquanto noutro lugar,
perto dali, o sol brilhante, a paz e a harmonia?
A
explicação veio-lhe mais tarde, novamente por meio de Lísias, que lhe disse que
havia um compromisso entre todos os habitantes equilibrados da colônia no
sentido de não se emitirem pensamentos contrários ao bem. Em face disso, o
esforço da maioria se transformou numa prece quase perene e daí nasceram as
vibrações de paz que tanto impressionaram o autor do livro “Nosso Lar”.
Se
nós, encarnados ainda na Crosta terrestre, fizéssemos um pacto semelhante, segundo
o qual apenas pensássemos e agíssemos no bem, com toda a certeza o cenário e o
ambiente deste mundo tão conturbado se modificariam para melhor, possibilitando
e tornando concreta a transformação da Terra, de um mundo de provas e expiação,
em um mundo de regeneração.
Certa vez, em palestra proferida em nossa cidade, o
conhecido orador Richard Simonetti afirmou que existe uma receita que pode
tornar tal ideia uma possibilidade real. Ele aludiu, então, ao que chamou de
receita de Tia Grace, uma senhora americana que deixou registrado em seu diário
um curioso roteiro para que as pessoas tornem útil sua passagem pela Terra e
firmem um real compromisso com o bem.
O breviário de Tia Grace é muito simples e compõe-se
apenas de seis pontos:
·
Todos
os dias, faça algo útil a alguém.
· Faça algo útil também para você
mesmo.
· Faça algo que é preciso fazer, mas
você não tem vontade.
· Faça um exercício físico.
· Faça um exercício mental.
· Agradeça a Deus pela bênção da vida.
A fórmula, se observada em todos os dias de nossa
existência, funcionará realmente e poderá – quem sabe? – ser a ferramenta que
tem faltado para que, na parte que nos toca, ajudemos a Terra a galgar um novo
estágio no seu processo evolutivo.
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