terça-feira, 24 de novembro de 2015

A paz dos meus dias


CÍNTHIA CORTEGOSO
De Londrina-PR

Só desejo a paz dos meus dias, nenhuma ilusão, só essa paz, a simplicidade feliz dos meus dias, pois se o coração é capaz de se encontrar assim é porque já pratica o nobre aprendizado do amor, está bem mais sob a luz que a penumbra dos desacertos, no entanto, a luz é eterna e a bondade do Senhor, idem. São os nossos pés que precisam caminhar.
Diante do presente quase passado – visto a rapidez com que o tempo desatina devido aos inúmeros compromissos, prazos, tantos deles para o preenchimento de um coração com sede do verdadeiro sentido da existência –, a vida passa e naturalmente muito mais oportunidade se perde do que se aproveita. Mas a simplicidade é tão nobre. Tudo o que é notável e necessário começa por questões tão singelas.
É curioso que quem se autodenomina pleno de energia para grandes lutas, desassossego, intempéries, duras conquistas, de fato, no cantinho mais importante do seu coração, quer a paz dos seus dias, quer a calma amorosa. A experiência, quando apreendida, e os anos vivenciados nos encaminham adiante para o que realmente preenche esse cantinho que quer ser inteiro.
Se conseguirmos parar um pouco para observarmos como estão os vasinhos de flores colocados em nossa jardineira durante cada estação, para uma boa parte de corações haverá mais ausência de perfume e cores. Mas a jardineira existe assim como as flores para se valerem.
Menos tempo de frente com os olhos virtuais e mais com os presenciais humanos; menos preocupação com a materialidade e mais compromisso com o plano espiritual; mais tempo para ensinar quem ainda não respeita a vida e parte dele com quem se responsabiliza com ela.
E quando se busca a emancipação da alma, algo diminui: a paciência com tolices. Deveras, como é aborrecedor deparar-se com questões ridiculamente pequenas; no entanto, o caminheiro que se presta a isso não imagina ainda o que é se emancipar. Esse caminheiro sofre porque está preso nas sutis cordas manipuladoras e torna-se marionete pelas cinzas energias ligadas, por ocasiões criadas por ele mesmo, aos espíritos que não quiseram ainda ver a luz benfazeja.
Tanto se vê durante os amanheceres e entardeceres, quanto se conhece em uma existência. E na minha vida tanto privilegio e desejo a paz dos meus dias, pois, assim, estarei em conformidade com o que o Mestre verdadeiramente nos legou, com o que realmente, para o espírito, é necessário.
Querer aprender e reformular-se para o bem é passo integrante para usufruir a grandeza da simplicidade. Ver mais pores de sol e reconhecer as estrelas; saber ouvir mais; andar pela natureza e, sem dúvida, protegê-la e preservá-la; abraçar os amigos e dar a mão ao que se denomina inimigo; salvar mais insetinhos do que matá-los; agradecer e cooperar; cuidar-se, pois cada um também é sua própria responsabilidade; amar bem mais... e a paz dos dias começa a fazer morada no coração.
Esse sentimento só pode ser conquistado, não se compra nem sem empresta, é independente de hierarquia ou posição social, também não se pode alugar, apenas ser adquirido por meio da conquista... conquista individual.
Pois bem, vou continuar com meu grande objetivo: ser conquistadora da paz dos meus dias... tanto há por fazer.
Desejo que cada um possa alcançar a paz em sua vida, a simplicidade feliz dos seus dias.

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