Antídoto
divino do mal
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
— Amigo Tonhão, quero agradecer-lhe pelo
envio semanal de uma mensagem psicografada pelo melhor brasileiro de todos os tempos: Francisco Cândido Xavier, o
nosso inolvidável Chico Xavier, como ficou mundialmente conhecido.
A última, que acabei de ler, versa
sobre a proposta do Espírito Bezerra de Menezes, na lição 21 do livro Brilhe a vossa luz.
Afirma o amigo espiritual que o ensino
divino não encontra guarida nos moldes tradicionais de combate, usualmente
empregados na Terra. A Misericórdia Divina, prossegue Bezerra, não se coaduna
com os processos, mais de vingança do que de correção, utilizados no mundo.
Aqui na Terra, o que se considera mal é
repelido com críticas acerbas e “pragas”; a Lei Divina, todavia, propõe o
revide à violência com o exercício “edificante do bem”.
E prossegue o mentor espiritual com as
sínteses propostas, que comentaremos, em relação aos modos de correção de rumos
existentes na Suprema Vontade:
A primeira é esta: a correção da
ignorância é a instrução. Ao que acrescento: Não essa “instrução” voltada para
o cultivo de ideologias humanas equivocadas, mas aquela que se baseia nos
Ensinamentos Crísticos, cuja lei áurea
manda que “façamos a outrem tudo aquilo que desejamos que ele nos faça”; ou
seja, que façamos sempre o bem. Para isso, é imprescindível conhecermos a lei de ação e reação que dá, segundo
Jesus, “a cada um, segundo as suas obras”.
Ao ódio, contrapõe Bezerra o amor. Mas
é preciso distinguirmos o que é amor. Ele não se confunde com o apego ou a
paixão mundana, mas com um estado de perfeita identificação do próximo como
nosso irmão.
E continua Bezerra, explicando de que
modo Deus, nosso Pai, corrige seus filhos:
A necessidade: com o socorro;
O desequilíbrio: com o reajuste;
A ferida: com o bálsamo;
A dor: com o sedativo;
A doença: com o remédio;
A sombra: com a luz;
A fome: com o alimento;
O fogo: com a água;
A ofensa: com o perdão;
O desânimo: com a esperança;
A maldição: com a bênção.
Em seguida, termina o benfeitor amigo
com este comentário iluminado:
Somente nós, as criaturas humanas, por
vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe. Simples
ilusão. O mal não suprime o mal.
Em razão disso, Jesus nos recomenda
amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o
mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.
Como disse Pitágoras: “Eduquem as
crianças e não será necessário castigar os homens”. A verdadeira educação,
entretanto, está calcada nas Verdades Eternas pregadas pelo Carpinteiro
crucificado, que nos trouxe o modelo mais perfeito de formação integral do
espírito, com a sua Boa-Nova, que
reforçou n’O Evangelho segundo o Espiritismo:
“[...] amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”.
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