sábado, 2 de setembro de 2017

Contos e crônicas





A volta

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

Talvez o leitor amigo estivesse estranhando minha ausência. Volto hoje com a postagem hebdomadária, prevenindo ao curioso crítico que nunca deixei de estar de butuca em cada letra destes devaneios desvairados e dúbios.
Retorno com uma notícia auspiciosa: não mais Um homem célebre (In: Várias histórias), mas centenas de ilustres mensageiros das artes, da ciência e da filosofia estão retornando à vida física. Além de Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier, estão reencarnando Léon Denis, Victor Hugo, Shakespeare, Charles Dickens, Eva Blavatsky, Ernesto Bozzano, Eça de Queirós, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco, Tomás Antônio Gonzaga, Castro Alves, Gonçalves Dias, Augusto dos Anjos, Cruz e Sousa, Francisca Júlia, Cecília Meireles e Maria Dolores. Essas mentes brilhantes, dentre outras grandes almas da humanidade, estão retornando à Terra, em novas vestes físicas, para o trabalho de espiritualização do mundo.
Com não há espaço suficiente para escrever sobre esses e outros monstros sagrados que retornam, sorteei alguns destes, sobre quem farei sumárias apresentações biográficas:
Antero de Quental (1842-1891). Poeta e filósofo português. É considerado o líder do Realismo, em sua pátria, e um dos grandes sonetistas de sua época. Esse bardo, do plano espiritual, publicou diversos sonetos, psicografados pelo médium português Fernando de Lacerda e pelos brasileiros Chico Xavier e Waldo Vieira. Em todos os seus poemas, apela para o respeito à vida física, para a certeza da existência de Deus e da vida espiritual eterna, com suas consequências boas ou más, conforme o uso que se faz do livre-arbítrio.
Augusto dos Anjos (1884-1914). Poeta brasileiro de Eu e Eu e outras poesias, compôs poemas de estilo único, não somente quando encarnado, mas também após “abotoar o paletó”, como dizia um amigo em relação a quem desceu à “terra dos pés juntos”. Seu pessimismo poético era alternado com poemas de belo teor filosófico, o que o fez ser comparado a Antero de Quental.
Fernando Pessoa (1888-1935). Esse português foi cognominado poeta-plural, em vista dos heterônimos que criou. Os mais conhecidos são Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Bernardo Soares e Ricardo Reis. Sua obra publicada postumamente é bem mais vasta que a editada em vida física. Lançou, durante a existência corporal, os seguintes livros: Em 1918: 35 Sonnets; em 1921: English Poems I, II e III; em 1934: Mensagem.
Maria Dolores (1900-1959). Brasileira, foi professora aos 16 anos e era considerada menina-prodígio. Extremamente bondosa, tinha por lema: amor, perdão e caridade. Adotou seis meninas e, ainda em vida, publicou uma obra intitulada Ciranda da vida, destinada a arrecadar dinheiro para fundar o Lar das Meninas sem Lar. O que veio a se concretizar, tamanho foi o sucesso comercial de seu livro. Participava do grupo As mensageiras do bem, que arrecadava e doava às famílias pobres alimentos, remédios e roupas. Sua produção mediúnica, psicografada por Chico Xavier, é de uma beleza sublime. Os temas são, em geral, os mesmos que adotara como norma de vida: caridade, perdão, fé, amor a Deus e ao próximo.
Deixei para o final a russa Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891). Formada em Teosofia, é considerada a maior ocultista do século XIX. Escreveu ela, no jornal Spiritual Scientific:

A Magia é [...] conhecimento profundo das forças ocultas da Natureza e das leis que governam os mundos visíveis e invisíveis. O Espiritismo nas mãos de um adepto experiente torna-se Magia [...], nas mãos de um médium inexperiente, dá origem à Feitiçaria inconsciente [...].

Ainda bem que fui cognominado por Carlos Drummond de Bruxo, sinônimo de Mago. Entretanto, leal leitor, segundo Blavatsky, a Magia não se destina ao vulgo, por ser uma ciência esotérica profunda, reservada aos iniciados no Ocultismo.
O Espiritismo, ao contrário, veio esclarecer a todos o significado dos conceitos cristãos ocultos sob o véu do simbolismo, com a singeleza possível, mas, também, com a transcendentalidade de revelação divina. E, como Ciência do Infinito, ele requer de cada um de nós várias existências para ser mais bem compreendido. Isso porque sua destinação de permanecer eternamente conosco foi anunciada por Jesus, segundo João, 14:15-18.
Como somente a madureza de minha última existência na Terra, aliada à amizade de renomados espíritas, permitiu-me sair das trevas do preconceito para a luz da verdade, terei de voltar também, com toda essa plêiade de espíritos, para reescrever minha obra literária.
Por enquanto, vou ensaiando, parcamente, algo com meu limitado secretário; entretanto, prometo a todos os meus fiéis leitores dedicação total à causa maior desta arte sublime: cooperar com Jesus para o advento de um mundo de paz, de amor e de fé.






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