Instinto e inteligência
Este é o módulo 44 de uma série que esperamos sirva
aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo
compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Que é instinto e qual é, nos seres vivos, a sua
origem?
2. Que diferença fundamental existe entre instinto
e inteligência?
3. Realizam os homens algum ato que seja puramente
instintivo?
4. Em que consiste o instinto de conservação?
5. Por que Deus dotou os seres vivos do instinto
de conservação?
Texto para leitura
No animal os instintos manifestam-se plenamente
1. Em suas primeiras manifestações no plano
físico, através de experiências sucessivas em organismos progressivamente mais
complexos, o Espírito automatizou reações aos impulsos exteriores, gravando-as
em seu perispírito, de modo a melhor adequar-se ao meio ambiente.
2. Essas ações reflexas incorporaram-se, assim, ao
patrimônio perispiritual do ser e se manifestam no vegetal, no animal e no
homem por meio de atos espontâneos e involuntários que têm, em geral, uma
finalidade útil tanto para o ser que os realiza quanto para a sua espécie.
3. Podemos identificar esses atos no movimento da
planta que se volta na direção dos raios
solares, na arte com que a aranha tece sua teia para capturar os insetos de que
se nutre, ou no ato de sucção com que o bebê se alimenta.
4. Esses atos inconscientes são, pois, o resultado
do mecanismo coordenado e cada vez mais complexo das ações reflexas, a que
chamamos instintos. No vegetal, a estruturação desse mecanismo está em seus
primórdios, no animal manifesta-se plenamente, no homem sofre a ação da
inteligência, que lhe altera e aperfeiçoa as manifestações.
No homem certos atos são instintivos, mas não todos
5. Podemos desse modo traçar uma demarcação bem
nítida entre instinto e inteligência. O instinto é a força oculta que solicita
os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a
conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão nem combinação ou
premeditação.
6. É assim que a planta procura o ar, volta-se
para a luz, dirige suas raízes para a água e para a terra nutriente... É pelo
instinto que os animais são avisados do que lhes convém ou os prejudica, e
buscam, conforme a estação, os climas mais propícios.
7. No homem, só no começo da vida o instinto
domina com exclusividade. É por instinto que a criança faz seus primeiros
movimentos, toma o alimento, grita para exprimir suas necessidades, imita o som
da voz, tenta falar e andar.
8. No adulto mesmo, certos atos são instintivos,
tais como o movimento espontâneo para evitar um risco, para fugir a um perigo,
para manter o equilíbrio do corpo, o piscar das pálpebras para moderar o brilho
da luz, o abrir maquinal da boca para respirar etc.
9. A inteligência revela-se por atos voluntários,
premeditados, combinados, de conformidade com a ocasião e as circunstâncias.
O instinto de conservação é uma lei da Natureza
10. Resumindo, podemos concluir: Todo ato maquinal
é instintivo; todo ato que denota reflexão, combinação, deliberação é
inteligente. Um é livre, o outro não o é.
11. Um dos mais perfeitos atos instintivos é o ato
de viver. O instinto de conservação é uma lei da Natureza e, por isso, todos os
seres vivos o possuem, qualquer que seja o grau de seu nível evolutivo. Nuns,
ele é puramente maquinal; em outros, é raciocinado.
12. O instinto de conservação foi outorgado por
Deus às suas criaturas porque todos têm que concorrer para o cumprimento dos
desígnios da Providência. Eis por que Deus lhes deu a necessidade de viver.
Acresce ainda que a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres. Estes o
sentem instintivamente, sem disso se aperceberem.
13. O despertar da necessidade de viver tem por
finalidade a manutenção da vida orgânica, necessária ao desenvolvimento físico
e moral dos seres, bem como à realização das tarefas de colaboração com a obra
divina que Deus, em sua sabedoria, concedeu a cada um como oportunidade de
crescimento para o bem.
14. O instinto de conservação constitui-se, pois,
em mais um dos eficientes instrumentos naturais que cooperam em favor do
mecanismo evolutivo dos seres da criação.
Respostas às questões propostas
1. Que é instinto e qual é, nos seres vivos, a sua origem?
Em suas primeiras manifestações no plano físico,
através de experiências sucessivas em organismos progressivamente mais
complexos, o Espírito automatizou reações aos impulsos exteriores, gravando-as
em seu perispírito, de modo a melhor adequar-se ao meio ambiente. Essas ações
reflexas incorporaram-se ao patrimônio perispiritual do ser e se manifestam no
vegetal, no animal e no homem por meio de atos espontâneos e involuntários que
têm, em geral, uma finalidade útil tanto para o ser que os realiza quanto para
a sua espécie. É a esse conjunto de atos inconscientes que chamamos instinto.
2. Que diferença fundamental existe entre instinto e inteligência?
Há uma demarcação bem nítida entre instinto e
inteligência. O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a
atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos
instintivos não há reflexão nem combinação ou premeditação. A inteligência
revela-se por atos voluntários, premeditados, combinados, de conformidade com a
ocasião e as circunstâncias.
3. Realizam os homens algum ato que seja puramente instintivo?
Sim. É por instinto que a criança faz seus
primeiros movimentos, toma o alimento, grita para exprimir suas necessidades,
imita o som da voz, tenta falar e andar. No indivíduo adulto certos atos
continuam igualmente instintivos, tais como o movimento espontâneo para evitar
um risco, para fugir a um perigo, para manter o equilíbrio do corpo, o piscar
das pálpebras para moderar o brilho da luz, o abrir maquinal da boca para
respirar etc.
4. Em que consiste o instinto de conservação?
O instinto de conservação advém de uma lei da
Natureza e foi outorgado por Deus às suas criaturas porque todos têm de
concorrer para o cumprimento dos desígnios da Providência. Como a vida é
necessária ao aperfeiçoamento dos seres, Deus lhes deu a necessidade de viver e
eles o sentem instintivamente, de onde resulta essa busca da sobrevivência, que
é inerente a todas as criaturas.
5. Por que Deus dotou os seres vivos do instinto de conservação?
O despertar da necessidade de viver tem por
finalidade a manutenção da vida orgânica, necessária ao desenvolvimento físico
e moral dos seres, bem como à realização das tarefas de colaboração com a obra
divina que Deus, em sua sabedoria, concedeu a cada um como oportunidade de
crescimento para o bem. O instinto de conservação constitui-se, pois, em mais
um dos eficientes instrumentos naturais que cooperam em favor do mecanismo
evolutivo dos seres da criação.
Nota:
Eis os links que remetem aos 3
últimos textos:
Módulo 41 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/08/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_17.html
Módulo 42 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/08/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_24.html
Módulo 43 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/08/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_31.html
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