quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Iniciação ao estudo da doutrina espírita






Diversidade das aptidões humanas

Este é o módulo 46 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Por que há sofredores e felizes em nosso mundo?
2. Por que as aptidões humanas são tão diversas?
3. A diversidade das aptidões, ao contrário da uniformidade, é um bem ou é um mal?
4. Essas diversidades no tocante às aptidões humanas sempre existirão em nosso mundo?
5. Qual é, segundo o Espiritismo, a condição básica para que as anomalias sociais, na Terra, sejam erradicadas definitivamente?

Texto para leitura

Aos olhos de Deus todos os seus filhos são iguais
1. Todos os homens estão submetidos às mesmas leis da Natureza. Todos nascem igualmente fracos, acham-se sujeitos às mesmas dores e o corpo do rico se destrói como o do pobre. Deus a ninguém concedeu superioridade natural, nem pelo nascimento, nem pela morte. Todos os seus filhos são iguais a seus olhos.
2. Ensinam os Espíritos Superiores que Deus não tolera distinções de linhagem familiar, não confere honrarias extemporâneas, nem favorece com privilégios qualquer de suas criaturas, mas proporciona a todas idênticas e incessantes oportunidades.
3. O Criador coloca, em estado latente, o mesmo poder, a mesma sabedoria e os mesmos estímulos evolutivos para todas as suas criaturas, no longo e fastidioso percurso que elas têm de trilhar com vistas à perfeição.
4. Atentos a estas considerações é que podemos perceber o sentido correto da lei de igualdade no seu aspecto natural, em contraposição à pretendida igualdade socioeconômica, frequentemente artificial na vida de relação dos Espíritos encarnados.

O Pai não concede privilégios a ninguém
5. Sendo todos da mesma essência divina e criados para os mesmos gloriosos destinos, o gênero humano constitui uma única família. É por isso que os homens se encontram todos sujeitos às mesmas leis.
6. O Pai Eterno não concede privilégios a ninguém. Se há sofredores e felizes em nosso planeta, isso não se dá em razão das preferências divinas, mas por força do mau ou do bom uso do livre-arbítrio de seus habitantes.
7. Fomos criados simples e ignorantes, porém destinados à perfeição. Se ao longo de nossa trajetória evolutiva falimos ou nos elevamos, isso se dá por força de nossa livre vontade. As desigualdades sociais existentes são produto das opções voluntárias dos homens, e não de um capricho particular do Criador.
8. As aptidões humanas, tão diversas, resultam igualmente da variedade de experiências vividas nas múltiplas encarnações, porque, em razão do livre-arbítrio, cada indivíduo decide qual o caminho a seguir. Os Espíritos foram criados iguais uns aos outros, mas cada um deles vive há mais ou menos tempo e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições. A diferença existente entre eles funda-se, pois, na diversidade dos graus da experiência alcançada e da vontade com que obraram.

A diversidade das aptidões é um meio propulsor do progresso
9. Como uns se aperfeiçoam mais rapidamente do que os outros, resultam daí para eles aptidões diversas. Mas a variedade das aptidões permite que cada um possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais. O que um não faz, faz o outro, de forma que todos têm um papel útil a desempenhar na comunidade em que vivem. A diversidade das aptidões, ao contrário da uniformidade, constitui, pois, um meio propulsor do progresso, visto que cada homem contribui para a obra coletiva com sua parcela de conhecimento.
10. As dissemelhanças que os Espíritos apresentam, quer em inteligência, quer em moralidade, não derivam, portanto, de sua natureza íntima. Resultam apenas do fato de haverem sido criados há mais ou menos tempo e do maior aproveitamento desse tempo no desenvolvimento das aptidões e virtudes que lhes são intrínsecas.
11. As desigualdades naturais das aptidões humanas são os degraus das múltiplas experiências que nos conduzirão aos mundos superiores e nos propiciarão implantar o reino de Deus na Terra. Essas diferenças constituem os agentes do progresso e preenchem uma necessidade inapreciável na economia da evolução, favorecendo-a, por mais que existam pessoas que as detestem. Tais diferenças, todavia, subsistirão enquanto tenham razão de ser e, enquanto subsistirem, satisfarão a uma necessidade da própria Natureza, favorecendo o progresso humano.

Um dia, em nosso mundo, ninguém mais precisará mendigar
12. É provável que no estágio atual da nossa civilização nem todos os homens estejam exercendo a ocupação adequada às suas aptidões naturais.
13. Quando, porém, o egoísmo e o orgulho deixarem de ser os sentimentos predominantes na Terra e compreendermos que somos todos irmãos, amando-nos realmente uns aos outros, como preceitua o Cristo, todo homem de boa vontade achará ocupação adequada às suas aptidões, que lhe garanta o mínimo necessário a uma existência compatível com a dignidade humana.
14. Um dia esse estado de coisas será realidade em nosso mundo.  Então os homens que não mais puderem manter-se em atividade, seja por doença, seja por velhice, terão a seu favor o amparo da lei, sem lhes ser preciso humilhar-se recorrendo à caridade pública.

Respostas às questões propostas

1. Por que há sofredores e felizes em nosso mundo?
Deus não concede privilégios a ninguém. Se há sofredores e felizes em nosso planeta, isso não se dá em razão das preferências divinas, mas por força do mau ou do bom uso do livre-arbítrio dos seus habitantes. Fomos criados simples e ignorantes, porém destinados à perfeição. Se ao longo de nossa trajetória evolutiva falimos ou nos elevamos, isso se dá por força de nossa livre vontade.
2. Por que as aptidões humanas são tão diversas?
As aptidões humanas resultam da variedade de experiências vividas nas múltiplas encarnações, porque, em razão do livre-arbítrio, cada indivíduo decide qual o caminho a seguir. Os Espíritos foram criados iguais uns aos outros, mas cada um deles vive há mais ou menos tempo e, conseguintemente, tem feito maior ou menor soma de aquisições. A diferença existente entre eles funda-se, pois, na diversidade dos graus da experiência alcançada e da vontade com que obraram.
3. A diversidade das aptidões, ao contrário da uniformidade, é um bem ou é um mal?
Essa diversidade é, em verdade, um bem, porque permite que cada pessoa possa concorrer para a execução dos desígnios da Providência, no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais. O que um não faz, faz o outro, de forma que todos têm um papel útil a desempenhar na comunidade em que vivem. A diversidade das aptidões constitui, pois, um meio propulsor do progresso, visto que cada homem contribui para a obra coletiva com sua parcela de conhecimento.
4. Essas diversidades no tocante às aptidões humanas sempre existirão em nosso mundo?
As desigualdades naturais das aptidões humanas subsistirão enquanto tiverem razão de ser e, enquanto subsistirem, satisfarão a uma necessidade da própria Natureza, favorecendo o progresso humano.
5. Qual é, segundo o Espiritismo, a condição básica para que as anomalias sociais, na Terra, sejam erradicadas definitivamente?
A condição fundamental para que isso se dê é o enfraquecimento ou mesmo a extinção do sentimento de egoísmo e de orgulho que ainda predomina no planeta. Quando isso se verificar e compreendermos que somos todos irmãos, todos acharão ocupação adequada às suas aptidões, que lhes garanta o mínimo necessário a uma existência compatível com a dignidade humana. Um dia, sem dúvida alguma, esse estado de coisas será realidade em nosso mundo.

Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos  textos:






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