Um dia de verão
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Mais
fresco do que o comum, estava aquele dia de verão. O céu, bem azul, fora lavado
pela chuva de manhã. As flores – parecia mais primavera – reluziam suas cores
vivas e animavam os olhos para onde olhavam. Era, na verdade, um dia de verão.
Sem mais
deveres a fazer, uma menina, que morava na casa laranja numa área rural
bastante cuidada, foi para perto da plantação de flores cuja família cultivava
há três gerações. Estar entre elas era o que a menina mais amava. As flores
dali eram além de flores, eram além dos recortes e desenhos tão perfeitos com
uma mistura de cores muito incomum. Um dia a mais e boa parte do cultivo seria
colhida. Porém, precisava de mais um dia.
A menina
tocava delicadamente as pétalas, as folhas, observava as características como uma
doutora pesquisando e quanto mais observava ainda mais se encantava com a
perfeição. Não eram apenas flores. Eram seres maravilhosos que se comunicavam
constantemente levando a quem quisesse todo melhor entendimento sobre os bons
valores. Eram lindas e singelas, existiam de maneira incondicional, eram
criaturas a fim de animarem outras por meio de sua leveza feliz – toda flor faz
nascer um sorriso.
E
continuava. A menina continuava sua inspeção carinhosa, pois essa análise
assemelhava-se à observação de pessoas. Cada flor, ainda assim no mesmo pé, era
única, com suas peculiaridades; não existem duas coisas iguais. Nunca comentou,
no entanto, cada uma tinha nome.
Também a
menina carregava um bloquinho de anotações que mantinha as particularidades de
cada uma e de algo a mais que cada uma pudesse precisar.
Passaram-se
horas e o pôr do sol começou a nascer. A menina retornou, com calma, para a
casa laranja. Mais aquele dia era um a menos para começar seus estudos e
formar-se na área mais adequada para amparar as pessoas, o espírito no
invólucro de ser humano. Ela tinha plena consciência de seu objetivo.
A menina
já havia começado o seu estágio com as flores, bastante semelhantes aos seres
humanos, dessa forma era como sentia.
E o sol
acabou de deitar-se.
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