quinta-feira, 13 de setembro de 2018




Questões que podem ser propostas aos Espíritos

Este é o módulo 97 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Que cuidados devemos ter na formulação das perguntas dirigidas aos Espíritos?
2. Existem questões cuja resposta seja interditada aos Espíritos?
3. Que benefícios podem resultar do fato de dirigirmos perguntas aos Espíritos?
4. Os Espíritos superiores podem responder a questões relacionadas com o nosso passado?
5. Têm os Espíritos permissão para responderem a questões sobre interesses morais e materiais?

Texto para leitura

As questões propostas aos Espíritos devem ser claras e precisas
1. Para manter um diálogo proveitoso com os Espíritos é importante saber fazer as perguntas, assunto com que nos devemos preocupar relativamente a dois aspectos: a forma e o fundo. Pelo que diz respeito à forma, é importante formulá-las com clareza e precisão, evitando as questões complexas ou dúbias. Nesse sentido, a ordem que deve presidir à disposição das perguntas é muito importante. Quando um assunto reclama uma série delas, é essencial que se encadeiem com método, de modo a decorrerem naturalmente umas das outras.
2. Os Espíritos responderão, nesse caso, com muito maior facilidade e clareza às indagações feitas do que quando elas se sucedem ao acaso, passando sem transição de um assunto para outro. É preciso, portanto, organizá-las com antecedência e ficar preparado para acrescentar, retirar ou modificar questões durante a conversa com o Espírito comunicante. Esse trabalho preparatório constitui uma espécie de evocação antecipada, a que o Espírito pode ter assistido e que o dispõe a responder.
3. O fundo da questão exige atenção ainda mais séria, porque é muitas vezes a natureza da indagação que provoca uma resposta inexata ou falsa. Evidentemente, há questões a que os Espíritos não podem ou não devem responder, por razões que só eles conhecem. Será, pois, inútil insistir. Mas o que se deve, sobretudo, evitar são as perguntas formuladas com o intuito de lhes pôr à prova a perspicácia.
4. Não se pense com isso que não possamos obter dos Espíritos úteis esclarecimentos e sobretudo bons conselhos. Eles, porém, responderão mais ou menos bem, conforme os conhecimentos que possuem, o interesse que têm por nós, a afeição que nos dedicam, a finalidade a que nos propomos e, por fim, a utilidade que vejam no que lhes pedimos.

Não existe inconveniente em formular perguntas aos Espíritos
5. Se é certo que não devemos interrogar os Espíritos a todo o momento sobre problemas comuns à existência e que cabe apenas a nós resolver, é correto igualmente afirmar que determinados assuntos só são abordados pelos Espíritos se solicitarmos sua opinião. Certamente dão-nos eles instruções espontâneas de alto alcance e que seria um erro desprezar, mas há explicações que teríamos de esperar longo tempo se não fossem solicitadas.
6. Propor perguntas aos Espíritos, longe de ter qualquer inconveniente, é, portanto, de grande utilidade do ponto de vista da instrução, quando quem as propõe sabe encerrá-las nos devidos limites. Se Allan Kardec não tivesse proposto questões aos Espíritos, é provável que “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns” não existissem.
7. Há além disso um outro benefício quando formulamos questões aos Espíritos comunicantes, que é o de concorrer para o desmascaramento dos mistificadores, que, mais pretensiosos do que sábios, raramente suportam a prova das perguntas feitas com cerrada lógica.
8. Os Espíritos levianos respondem a toda e qualquer pergunta sem nenhum escrúpulo. Já os Espíritos sérios respondem com prazer às que tenham por objetivo o bem e os meios de levar o homem ao progresso. As perguntas inúteis, feitas apenas para satisfazer a simples curiosidade ou para experimentar os Espíritos, têm o poder de afastar os bons Espíritos.

As predições circunstanciadas devem ser postas sob suspeição
9. Existem certas questões que só excepcionalmente os Espíritos superiores se dignam em responder. Eis as principais:
a) Perguntas sobre o futuro – Geralmente a anunciação de fatos que ocorrerão no futuro fica por conta de Espíritos imperfeitos que, na maioria das vezes, se divertem em fazer previsões. Pode ocorrer, contudo, que um Espírito superior revele acontecimentos futuros, mas, nesse caso, as previsões visam a uma utilidade geral. Toda predição circunstanciada deve ser posta sob suspeição.
b) Perguntas sobre previsão da morte – Os Espíritos que preveem a morte de alguém são, geralmente, Espíritos de mau gosto, que outro fim não têm senão gozar com o medo que causam. O Espírito pode, no entanto, desprender-se do corpo físico e prever a sua desencarnação. A intuição que muitas pessoas têm desse fato decorre disso.
c) Perguntas sobre existências passadas e futuras – Com  relação às existências passadas, Deus permite algumas vezes que elas sejam reveladas, conforme o objetivo que tenha em vista. Se for para a edificação e instrução da criatura humana, tais revelações serão quase sempre espontâneas e dadas de modo inteiramente imprevisto. Ele, porém, não as permitirá nunca para satisfação de vã curiosidade. Com relação ao futuro, nada nos é dado a conhecer, porque o futuro depende dos nossos atos presentes enquanto encarnados, e das resoluções que tomarmos quando desencarnados.
d) Perguntas sobre interesses morais e materiais – Os bons Espíritos sempre nos aconselham para o bem. Os Espíritos familiares, em geral, podem até nos aconselhar em assuntos privados ou favorecer nossos interesses materiais, de acordo com o objetivo ou as circunstâncias. Os protetores espirituais podem, em muitos casos, indicar-nos o melhor caminho, sem no entanto conduzir-nos pelas mãos.
10. Existe um número grande de perguntas que são simpáticas tanto aos Espíritos adiantados quando aos atrasados, assim como existem aquelas que desagradam a uns e outros. Uma coisa, no entanto, é certíssima: Os Espíritos superiores sempre respondem às questões que dizem respeito ao melhoramento, ao bem-estar espiritual, à paz e ao progresso das criaturas. Estão eles sempre dispostos a nos auxiliar e a nos amparar. Só aconselham para o bem e estão sempre preocupados e ocupados em trabalhos que proporcionem o progresso da Humanidade.

Respostas às questões propostas

1. Que cuidados devemos ter na formulação das perguntas dirigidas aos Espíritos?
Ao fazermos perguntas aos Espíritos, é importante formulá-las com clareza e precisão, evitando as questões complexas ou dúbias. Nesse sentido, a ordem que deve presidir à disposição das perguntas é muito importante. Quando um assunto reclama uma série delas, é essencial que se encadeiem com método, de modo a decorrerem naturalmente umas das outras. Isso quanto à forma. No tocante ao fundo, é preciso que o diálogo se faça em torno de questões sérias e relevantes.
2. Existem questões cuja resposta seja interditada aos Espíritos?
Sim, visto que sobre determinados assuntos nada podem eles falar.
3. Que benefícios podem resultar do fato de dirigirmos perguntas aos Espíritos?
A formulação de perguntas aos Espíritos, quando feita nos devidos limites, é muito útil do ponto de vista da instrução. Se Allan Kardec não tivesse proposto questões aos Espíritos, é provável que “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns” não existissem. Um outro benefício dessa prática é concorrer para o desmascaramento dos mistificadores, que raramente suportam a prova das perguntas feitas com cerrada lógica.
4. Os Espíritos superiores podem responder a questões relacionadas com o nosso passado?
Sim. Deus permite às vezes que essas perguntas sejam respondidas, quando for para a edificação e instrução da criatura humana. Ele, porém, não as permitirá nunca para satisfação de vã curiosidade.
5. Têm os Espíritos permissão para responderem a questões sobre interesses morais e materiais?
Sim. Os Espíritos familiares podem nos aconselhar em assuntos privados ou favorecer nossos interesses materiais, de acordo com o objetivo ou as circunstâncias. Quanto aos protetores espirituais, chegam, em muitos casos, a indicar-nos o melhor caminho, sem no entanto conduzir-nos pelas mãos.

Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, FEB, 46ª ed., itens 286 a 291.


Observação:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:




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