A luz do progresso
CÍNTHIA
CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Já era noite.
A luz estava acesa, mas o vidro, quase todo
fechado. A insistência do pequeno inseto em vir para a claridade foi
enfraquecida pela dura aparência permeável do vidro. Para os olhos, às vezes,
indistinguível; para o espírito, permeável, mas para a criatura recém-criada,
ainda muito confundível.
Quantas investidas que somente conquistaram
desgaste. O inseto não percebia que havia uma pequena fresta aberta, e queria
entrar sempre por onde limitadamente enxergava, por onde, agora, era impossível.
Mais uma vez... e outra... e outra.
Estava exausto e entregou-se. Ficou deitado no
parapeito da janela da sala do apartamento. Quase não tinha mais energia apenas
exaustão e sofrimento.
Outro inseto, que observava todo o episódio,
aproximou-se do pequeno desfalecido e constatou a sua fadiga. Em segundo, o
inseto observador examinou toda a janela e verificou com maior atenção o vidro,
pôde perceber que havia um espacinho aberto e seria por ali que buscaria, de
perto, a luz.
Caminhou um pouco, preparou-se e deu início ao voo
que o levaria a seu objetivo. Realizou as etapas, com calma e atenção e, como
resultado, mais uma conquista alcançada. Haveria muitas outras, mas, por hoje,
estava feliz.
Já pertinho da luz, olhou para fora e avistou o
exaurido inseto no mesmo lugar e pensou: Ele ainda não alcançou a luz, mas
alcançará; haverá o seu momento. Ele está buscando.
A luz iluminava, pois essa é a sua finalidade.
A compreensão dos diversos caminhos e dos seus
meios de maneira coerente para o progresso está latente em todo ser. É
necessário querer ouvir, observar, aprender, recomeçar, querer, de fato,
progredir.
Somos fadados ao crescimento. As escolhas é que
criarão respectivas circunstâncias de maior ou menor tempo, de pior ou melhor
situação para este fim.
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