terça-feira, 4 de junho de 2019




Vento, mar, vida

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

O mar batia forte nas pedras próximas da praia.
O sol estava fraco, era fim de uma das tardes de início de inverno. O vento soprava mais sério nessa estação. Na areia, as gaivotas e os trinta-réis eram ocupantes naquela imensidão.
 As casas, de frente para o mar, muitas estavam fechadas, no entanto havia uma delas com seu morador, também observando, de dentro, o mistério encantador daquela vista. Com discrição, veio ele, em sua cadeira de rodas, calmamente, chegando perto do muro baixinho de seu jardim. Pronto, estavam os dois: o homem de frente para o mar.
A alma, livre, estava, por um definido tempo, acoplada ao corpo de pernas imóveis, mas essa alma sabia que era por tempo definido e sabia também que o pensamento, razão do espírito, é completamente livre a não ser que as amarras da consciência estejam um pouco apertadas. O homem compreendia esse momento e seus olhos eram brilhosos. Esses mesmos olhos queriam alcançar a dimensão do mar porque o mar é vida e o homem, vida possui.
A noite se convidou a aparecer. Então, ele voltou para o recanto de seu lar. Fechou a porta. Uma luz, já acesa, permanecera; outro foco se acendeu, era o de sua mesa de escrita.
Novos ensaios surgiriam tentando copiar a realidade vista, principalmente, com o coração − essa essência é a fonte dos melhores escritos. Em sua silenciosa, aconchegante e própria companhia, passava para o papel os brilhos descobertos já que todos os possuem.
O escritor finalizou, com a sensação de dever humano e transcendente cumprido, mais uma prosa, cujo enredo era sobre as questões incomparáveis sobre a vida.

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