O porquê da
vida
Léon Denis
Parte 9
Damos sequência ao estudo do clássico O porquê da vida, de Léon Denis, com base na 14ª edição publicada
pela Federação Espírita Brasileira. O estudo será aqui apresentado em 13
partes.
Nossa expectativa é que ele sirva para o leitor como uma
forma de iniciação ao estudo dos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do
texto abaixo.
Questões preliminares
A. Como a Igreja explica as calamidades que ocorrem no
mundo?
B. Que Espíritos compõem a Humanidade terrena?
C. Que é preciso para compreendermos o que se passa no
mundo?
Texto para
leitura
109. A Filosofia também colheu da palingenesia as mais
belas inspirações. (P. 107)
110. Pitágoras, que a ensinou, foi considerado um gênio por
toda a Antiguidade. Platão recebeu o cognome de “divino”, até mesmo dos Pais da
Igreja do Oriente. A Escola de Alexandria, com a sua plêiade de escritores -
Fílon, Plotino etc. -, lhe deve suas obras mais brilhantes. Kant, Spinoza a
entreviram e, mais recentemente, a lista dos homens ilustres que a adotaram,
desde Victor Hugo a Mazzini, ocuparia uma página inteira. (P. 107)
111. No tocante à moral, esta só tem que se beneficiar da
doutrina das vidas sucessivas. A convicção de que o homem é o artífice de seus
destinos, de que tudo o que fizer recairá sobre a sua cabeça, serve a ele de
estímulo para a sua marcha ascendente e o obriga a vigiar escrupulosamente os
seus atos. (P. 107)
112. O princípio das reencarnações tudo aclara. Os
problemas se resolvem. A ordem e a justiça surgem no Universo. A vida toma um
caráter mais nobre, mais elevado. (P. 108)
113. Em meio da tormenta, da imensa tragédia que abala o
mundo, a criatura muitas vezes pergunta: Por que permite Deus tantas
calamidades? Para essa dúvida, a Igreja Católica só tem respostas vagas e confusas.
É que o ensino da Igreja, com sua doutrina de uma existência única, é impotente
para explicar os dramas que só podem ser compreendidos com a reencarnação. (P.
110)
114. A Humanidade se compõe, na sua grande maioria, das
mesmas almas que voltam, de vida em vida, a prosseguir neste mundo a sua
educação, o seu aperfeiçoamento individual, contribuindo para o progresso
comum. Elas renascem no meio terreno até que hajam adquirido as qualidades
morais necessárias para subirem mais alto. (P. 111)
115. No curso das primeiras existências terrestres, a alma
tem antes de tudo que construir a sua personalidade, desenvolver a sua
consciência. É o período do egoísmo, em que o ser tudo atrai a si, tirando do
domínio comum as forças e os elementos necessários a constituir o seu eu, a sua
originalidade própria. (P. 111)
116. No período seguinte, restituirá, irradiará,
distribuindo com todos o que houver adquirido, sem se empobrecer, pois que,
nesta ordem de coisas, aquele que dá aumenta o que possui, aquele que se
sacrifica entesoura. (P. 111)
117. A Humanidade, como já foi dito, chegou, na sua marcha,
ao ponto de transição entre dois estados. Diante dela se ergue o seu passado
cheio de faltas, de erros, de crimes, de traições, de perfídias, de
espoliações, que lhe cumpre expiar pela dor e pelas lágrimas. Daí a crise
atual. (P. 112)
118. Para compreendermos o que se passa em torno de nós, é
preciso, pois, que reunamos numa mesma concepção a lei de evolução e a das
responsabilidades - a lei de causa e efeito - que faz com que a consequência
dos atos recaia sobre aqueles que os praticam. (P. 113)
119. A ignorância dessas leis, dos deveres e das sanções
que elas acarretam, entra por muito nas desgraças e sofrimentos da hora
presente. Se a Igreja os houvesse ensinado sempre, provavelmente não veríamos
abrir-se-lhe sob os passos tão profundo abismo. (P. 113)
120. Pois bem; o que a Igreja não quer ou não pode fazer, o
Espiritismo o fará. Ele abriu de par em par as portas do mundo invisível que a
Igreja fechara há séculos, e, por elas, ondas de luz, tesouros de consolação e
de esperança jorrarão cada vez mais sobre as aflições humanas. (P. 113)
Respostas às
questões preliminares
A. Como a
Igreja explica as calamidades que ocorrem no mundo?
Ela não explica, uma vez que, diante dessa questão, a
Igreja Católica só tem respostas vagas e confusas. O motivo é simples: o ensino
da Igreja, com sua doutrina de uma existência única, é impotente para explicar
os dramas que só podem ser compreendidos à luz da reencarnação. (O porquê da vida, pp. 108 a 110.)
B. Que
Espíritos compõem a Humanidade terrena?
A Humanidade terrena compõe-se, na sua grande maioria, das
mesmas almas que voltam, de vida em vida, a prosseguir neste mundo a sua
educação, o seu aperfeiçoamento individual, contribuindo para o progresso
comum. Elas renascem, então, no meio terreno até que hajam adquirido as
qualidades morais necessárias para subirem mais alto. (Obra citada, pág. 111.)
C. Que é
preciso para compreendermos o que se passa no mundo?
Para compreendermos o que se passa em torno de nós, é
preciso que reunamos numa mesma concepção a lei de evolução e a das
responsabilidades – a lei de causa e efeito –,
que faz com que a consequência dos atos recaia sobre aqueles que os
praticam. A ignorância dessas leis, dos deveres e das sanções que elas
acarretam, entra por muito nas desgraças e sofrimentos da hora presente. Se a
Igreja os houvesse ensinado sempre, provavelmente não veríamos abrir-se-lhe sob
os passos tão profundo abismo. (Obra citada, pág. 113.)
Observação:
Eis os links que remetem aos
textos anteriores:
Parte 6 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/08/o-porque-davida-leon-denis-parte-6.html
Parte 7 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/08/o-porque-davida-leon-denis-parte-7.html
Parte 8 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2019/08/o-porque-davida-leon-denis-parte-8.html
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link: https://goo.gl/h85Vsc, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele
nos propicia.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário