segunda-feira, 19 de agosto de 2019




 Da série de erros frequentes no uso do idioma português, eis mais seis exemplos:
1 – O larápio, diz o policial, foi encontrado portando uma mala com R$300.000,00 (trezentos mil reais).
O correto: O larápio, diz o policial, foi encontrado portando uma mala com R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
Explicação: Entre o cifrão e o algarismo indicativo da quantia deve haver um espaço.
2 – Episódio igual ocorreu há três meses atrás.
O correto: Episódio igual ocorreu há três meses. Outra opção: Episódio igual ocorreu três meses atrás.
Explicação: A palavra “atrás”, por redundante, não cabe na frase proposta, visto que o uso da forma verbal “há” mostra que se trata no caso de um período de tempo decorrido. Se na frase não houver a forma verbal “há”, a palavra “atrás" é cabível, como se vê na segunda opção.
3 – O candidato, perguntado sobre suas preferências políticas, ficou calado.
O correto: O candidato, questionado sobre suas preferências políticas, ficou calado.
Explicação: Os estudiosos do idioma deploram o uso do particípio “perguntado” quando se refere a pessoas. O melhor em tais casos é usar as palavras “questionado”, “inquirido”, “interrogado”. Os manuais de redação de dois dos principais jornais do Brasil adotam este entendimento. A ideia é esta: “Foi-lhe perguntado isto...” E não “Ele foi perguntado sobre isto...”
4 - O que devo escrever no currículo solicitado pela empresa?
O correto: Que devo escrever no currículo solicitado pela empresa?
Explicação: O vocábulo “o” empregado na frase não tem função sintática nenhuma e, portanto, seu uso não se justifica.
5 – No início do ano, os alunos pediram ao reitor para não suspender as aulas este ano.
O correto: No início do ano, os alunos pediram ao reitor que não suspendesse as aulas este ano.
Explicação: O verbo pedir requer objeto direto. Quem pede, pede algo, alguma coisa. É erro dizer “pediram... para”, mas sim “pediram... que”
6 – Amigo, se nada te fiz, porque me odeias?
O correto: Amigo, se nada te fiz, por que me odeias?
Explicação: Usa-se “por que” em duas situações:
1ª. Quando se faz uma pergunta, direta ou indireta: Por que você não veio? Por que me odeias? Meu pai quer saber por que você adiou o noivado. Por que estás tão contente? Diga-me por que essa notícia o afetou tanto.
2ª. Em substituição a “pelo qual”, “pela qual”, “por qual” e as formas plurais dessas expressões: A crise por que passamos felizmente chegou ao fim. Por que motivo você não foi à reunião?





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