domingo, 28 de setembro de 2025

 



  Embora sejam meras provas, riqueza e pobreza têm objetivos diferentes

 

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO

aoofilho@gmail.com

 

Vez por outra alguém nos pergunta: – Se riqueza e pobreza são provas, qual delas é a mais difícil?

Não há dúvida. Riqueza e pobreza nada mais são que provas pelas quais o Espírito necessita passar, tendo em vista um objetivo mais alto, que é o seu progresso.

Deus concede a uns a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos diferentes. Aliás, essas provas são, com frequência, escolhidas pelos próprios Espíritos, que, infelizmente, nelas geralmente sucumbem.

Ambas são provas muito difíceis, porque, se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à blasfêmia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus lhe empresta, deturpando, com esse comportamento, os objetivos traçados em sua programação reencarnatória.

Espíritos evoluídos e os que, mesmo imperfeitos,  compreendem o significado da lei de causa e efeito, podem solicitar a prova da pobreza como oportunidade para o acrisolamento de qualidades ou a realização de certas tarefas que a riqueza certamente prejudicaria. Em muitos casos, também, o mau uso da fortuna em uma anterior existência pode levar o Espírito a pedir a oportunidade de reencarnar numa condição oposta, com o que espera reparar abusos cometidos e pôr-se a salvo de novas tentações.

A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação.

A riqueza é, para os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.

É preciso que entendamos – e jamais esqueçamos – que a existência corpórea é passageira e que a morte do corpo priva o homem de todos os recursos materiais de que eventualmente disponha no plano terráqueo.

Pobres e ricos voltam, pois, à vida espiritual em idênticas condições, o que mostra que a posição social do rico ou do pobre não passa de uma expressão transitória.

Compreendamos, no entanto, que nenhuma das duas constitui obstáculo à chamada salvação. Se isso ocorresse, Deus, que as concede, teria dado a seus filhos um instrumento de perdição, ideia que repugna à razão.

Concluindo, com respeito à prova da riqueza, não é difícil perceber que, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, constitui ela uma prova muito arriscada e certamente mais perigosa.

 

 

Nota do Autor:

Para ler o texto publicado no domingo anterior, clique em: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2025/09/apontamentos-relativos-obsessao-e-seu.html

 

 

 

 

 

 

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