Embora sejam
meras provas, riqueza e pobreza têm objetivos diferentes
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
Vez por outra alguém nos pergunta: – Se
riqueza e pobreza são provas, qual delas é a mais difícil?
Não há dúvida. Riqueza e pobreza nada mais são que provas
pelas quais o Espírito necessita passar, tendo em vista um objetivo mais alto,
que é o seu progresso.
Deus concede a uns
a prova da riqueza, e a outros a da pobreza, para experimentá-los de modos
diferentes. Aliás, essas provas são, com frequência, escolhidas pelos próprios
Espíritos, que, infelizmente, nelas geralmente sucumbem.
Ambas são provas
muito difíceis, porque, se na pobreza o Espírito pode ser tentado à revolta e à
blasfêmia contra o Criador, na riqueza expõe-se ele ao abuso dos bens que Deus
lhe empresta, deturpando, com esse comportamento, os objetivos traçados em sua
programação reencarnatória.
Espíritos evoluídos
e os que, mesmo imperfeitos, compreendem
o significado da lei de causa e efeito, podem solicitar a prova da pobreza como
oportunidade para o acrisolamento de qualidades ou a realização de certas
tarefas que a riqueza certamente prejudicaria. Em muitos casos, também, o mau
uso da fortuna em uma anterior existência pode levar o Espírito a pedir a
oportunidade de reencarnar numa condição oposta, com o que espera reparar
abusos cometidos e pôr-se a salvo de novas tentações.
A pobreza é, para
os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação.
A riqueza é, para
os que a usufruem, a prova da caridade e da abnegação.
É preciso que entendamos
– e jamais esqueçamos – que a existência corpórea é passageira e que a morte do
corpo priva o homem de todos os recursos materiais de que eventualmente
disponha no plano terráqueo.
Pobres e ricos
voltam, pois, à vida espiritual em idênticas condições, o que mostra que a
posição social do rico ou do pobre não passa de uma expressão transitória.
Compreendamos, no
entanto, que nenhuma das duas constitui obstáculo à chamada salvação. Se isso
ocorresse, Deus, que as concede, teria dado a seus filhos um instrumento de
perdição, ideia que repugna à razão.
Concluindo, com
respeito à prova da riqueza, não é difícil perceber que, pelas tentações que
gera e pela fascinação que exerce, constitui ela uma prova muito arriscada e certamente
mais perigosa.
Nota do Autor:
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