Levamos a
efeito nesta noite, no “Nosso Lar”, em Londrina, mais uma etapa do estudo da
obra Nos Domínios da Mediunidade, de
André Luiz (Espírito), psicografada pelo médium Chico Xavier.
Eis as
questões propostas:
1. No caso da
psicometria, todos os objetos podem ser o ponto de partida para um contato
espiritual?
2. Têm
fundamento as histórias sobre joias enfeitiçadas?
3. Que
acontece a quem foge ao trabalho sacrificial?
*
Após as
observações feitas acerca das questões citadas, foram lidas e comentadas as
respostas, seguindo-se a leitura e o estudo do texto-base relativo ao tema da
reunião.
Aqui estão as
respostas dadas, de forma sintética, às questões propostas:
1. No caso da psicometria, todos os objetos
podem ser o ponto de partida para um contato espiritual?
Em princípio,
sim. Segundo Aulus, cada objeto pode ser um mediador para entrarmos em relação
com as pessoas que por ele se interessam e, ainda, um registro de fatos da
natureza. "Quando se nos apura a sensibilidade de maneira mais intensiva –
explicou o instrutor –, em simples objetos relegados ao abandono podemos
surpreender expressivos traços das pessoas que os retiveram ou dos sucessos de
que foram testemunhas, através das vibrações que eles guardam consigo."
"As almas e as coisas, cada qual na posição em que se situam, algo
conservam do tempo e do espaço, que são eternos na memória da vida." A
situação torna-se diferente quando o objeto se acha esquecido pelo autor e por
aqueles que o possuíram. Nesse caso, por não apresentar qualquer sinal de
moldura fluídica, ele não funcionará como "mediador de relações
espirituais". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 26, pp. 245 e 246.)
2. Têm fundamento as histórias sobre joias
enfeitiçadas?
Falando sobre
o assunto, Aulus diz que a influência não procede das joias, mas sim das forças
que as acompanham. Em seguida, reportando-se ao caso de um espelho que atraía a
atenção de uma jovem desencarnada, Hilário perguntou o que aconteceria se
alguém adquirisse o espelho e o levasse consigo. "Decerto – informou Aulus
– arcaria também com a presença da moça desencarnada." Isso seria justo? A
esta pergunta, Aulus disse que a vida nunca se engana e que seria mesmo
provável que alguém ali aparecesse e se extasiasse à frente do objeto,
disputando-lhe a posse. Quem seria essa pessoa? "O moço que empenhou a
palavra, provocando a fixação mental dessa pobre criatura, ou a mulher que o
afastou dos compromissos assumidos", respondeu o instrutor. "Reencarnados,
hoje ou amanhã, possivelmente um dia virão até aqui, tomando-a por filha ou
companheira, no resgate do débito contraído." (Obra citada, cap. 26, pp. 247 a 249.)
3. Que acontece a quem foge ao trabalho
sacrificial?
Segundo
Aulus, quem foge ao trabalho sacrificial da frente, encontra a dor pela retaguarda.
O Espírito pode confiar-se à inação, mobilizando delituosamente a vontade,
contudo lá vem um dia a tormenta, compelindo-o a agitar-se e a mover-se para
entender os impositivos do progresso com mais segurança. Não adianta fugir da
eternidade, porque o tempo, benfeitor do trabalho, é também o verdugo da
inércia. (Obra citada, cap. 27, pp. 253 a 255.)
*
Na próxima
terça-feira publicaremos neste espaço o resumo das questões examinadas, para
que o leitor, desde que o queira, possa acompanhar o desenvolvimento dos nossos
estudos.
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