Todos nós
ouvimos esta frase, pronunciada no Jornal
Nacional faz pouco tempo:
“A falta de
atualização da tabela do IR penaliza os trabalhadores”.
Quem a
pronunciou, por sinal o editor e principal apresentador do conhecido jornal,
quis, obviamente, dizer que a falta de atualização da tabela do imposto
“castiga”, “prejudica”, “pune” os contribuintes, fato evidente por si só
porque, em havendo correção dos salários devido à inflação, é óbvio que a
tabela do imposto deveria ser igualmente corrigida.
A frase
contém, contudo, um erro, que é, aliás, muito comum.
O certo seria
utilizar nela, em lugar do verbo penalizar,
o verbo apenar ou um de seus
sinônimos: castigar, punir.
Com efeito,
penalizar significa: causar pena ou desgosto a; pungir; afligir, desgostar;
infligir pena; sentir grande pena, desgosto ou aflição.
Exemplos:
A situação do enfermo
penalizou-nos a todos.
A mãe penalizou-se com o estado da filha.
Ficamos
penalizados com a morte repentina do nosso amigo.
O verbo apenar, por sua vez, significa:
castigar, punir; fazer sofrer; supliciar; condenar alguém a alguma pena.
*
Perguntam-nos
por que “socioeducativo” não tem hífen e “sócio-fundador” o exige.
A palavra
“socioeducativo”, como se dá com as palavras socioeconômico, sociopata e
sociobiologia, forma-se com o prefixo “sócio”, que exigirá hífen apenas se o
termo seguinte for iniciado pela letra “o” ou por “h”.
No caso de
“sócio-fundador”, o elemento "sócio" não é prefixo. É, sim, um
substantivo comum e como tal exigirá hífen toda vez que entrar na formação de
uma palavra composta, como sócio-gerente, sócio-diretor, sócio-fundador.
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