Concluímos
nesta noite o estudo da obra Nos Domínios
da Mediunidade, de André Luiz (Espírito), livro psicografado pelo médium
Chico Xavier. A reunião teve por local, como sempre, o miniauditório do Centro
Espírita Nosso Lar, de Londrina.
Eis as
questões propostas:
1. Existem
companheiros que não suportam qualquer manifestação primitivista no terreno
mediúnico. Se o médium não lhes corresponde à exigência, revelando-se em acanhado
círculo de compreensão ou competência, afastam-se dele, agastadiços. Que pensar
a respeito disso?
2. Pode-se
dizer que a mediunidade se encontra em toda a parte?
3. Como
definir a família, à luz dos ensinamentos espíritas?
*
Depois dos
comentários pertinentes às questões propostas, foram lidas e discutidas as
respostas, seguindo-se a leitura e o estudo do texto-base pertinente à reunião
da noite.
A seguir, as
respostas dadas às perguntas a que nos reportamos:
1. Existem companheiros que não suportam
qualquer manifestação primitivista no terreno mediúnico. Se o médium não lhes
corresponde à exigência, revelando-se em acanhado círculo de compreensão ou
competência, afastam-se dele, agastadiços. Que pensar a respeito disso?
A esse
questionamento Aulus sorriu e, em seguida, afirmou: "Serão esses, provavelmente,
os campeões do menor esforço. Ignoram que o sábio não dispensou a alfabetização
no começo da existência e, decerto, amaldiçoam a criancinha que não saiba ler.
Semelhantes amigos, André, olvidaram o socorro que receberam da escola primária
e, solicitando facilidades, à maneira do morfinômano que reclama entorpecentes,
viciam-se em atitudes deploráveis à frente da vida, de vez que tudo exigem para
si, desrespeitando a obrigação de ajudar aos que ainda se encontram na
retaguarda". (Nos Domínios da Mediunidade, cap. 29, págs.
276 e 277.)
2. Pode-se dizer que a mediunidade se
encontra em toda a parte?
Sim. Pelo
menos esse é o pensamento de Aulus. Segundo ele, a mediunidade como instrumentação
da vida surge em toda a parte. “O lavrador é o médium da colheita, a planta é o
médium da frutificação e a flor é o médium do perfume. Em todos os lugares,
damos e recebemos, filtrando os recursos que nos cercam e moldando-lhes a
manifestação, segundo as nossas possibilidades." Acrescentou Aulus, ao
observar o operário aplainando enorme
peça: "Possuímos no artífice o médium de preciosas utilidades".
"Da devoção com que se consagra ao trabalho, nasce elevada percentagem de
reconforto à Civilização." E assim o instrutor se referiu ao escultor, ao
singelo varredor incumbido da limpeza das ruas e ao juiz, "o médium das
leis". "Todos os homens em suas atividades, profissões e associações
– disse Aulus – são instrumentos das forças a que se devotam. Produzem de conformidade
com os ideais superiores ou inferiores em que se inspiram, atraindo os
elementos invisíveis que os rodeiam, conforme a natureza dos sentimentos e
ideias de que se nutrem." (Obra
citada, cap. 30, págs. 281 e 282.)
3. Como definir a família, à luz dos
ensinamentos espíritas?
A família
consanguínea é uma reunião de almas em processo de evolução, reajuste,
aperfeiçoamento ou santificação. O homem e a mulher, abraçando o matrimônio por
escola de amor e trabalho, honrando o vínculo dos compromissos que assumem
perante a Harmonia Universal, nele se transformam em médiuns da própria vida,
responsabilizando-se pela materialização, a longo prazo, dos amigos e dos
adversários de ontem, convertidos no santuário doméstico em filhos e irmãos. A
paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio
dos mais altos para o Espírito reencarnado na Terra, pois, através delas, a
regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza. Além do lar – diz
Aulus – será difícil identificar uma região onde a mediunidade seja mais
espontânea e mais pura, uma vez que, na posição de pai e de mãe, o homem e a
mulher, realmente credores desses títulos, aprendem a buscar a sublimação de si
mesmos na renúncia em favor das almas que, por intermédio deles, se manifestam
na condição de filhos. "A família física pode ser comparada a uma reunião
de serviço espiritual no espaço e no tempo, cinzelando corações para a imortalidade”,
afirmou o assistente. (Obra citada, cap.
30, págs. 283 a
285.)
*
Na próxima
terça-feira realizaremos no mesmo local o seminário “A mediunidade e os seus
cuidados”, cujo resumo será publicado neste mesmo espaço, para que o leitor, desde
que o queira, possa acompanhar o desenvolvimento do estudo efetuado.
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