CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Era uma
conversa comum num sábado à tarde. Minha mãe folheou algumas páginas de um
livro até encontrar uma passagem sobre as flores amarelas do campo; ela queria
mostrar-me certa informação sobre a variedade incontável de flores dos cinco
continentes.
A mão materna
demonstrava os anos de dedicação, trabalho e carinho, para mim, realizados.
Fiquei observando e tanto me veio à mente: a comida deliciosa todos os dias; a
roupa bem cuidada para ir à escola; o carinho no cabelo, com a cabeça deitada
no colo materno; o beijo no rosto antes de dormir.
Tempo querido
e bem vivido até agora, e “regalo” abençoado de ainda hoje poder sentir as mãos
de minha mãe em meu ser, em minha vida.
Mãe, ser
maravilhoso que nos orienta e nos ama; que nos ampara e nos acalenta; que nos
encoraja e nos fala as verdadeiras palavras edificantes.
A voz terna
toca o coração. É o som da alegria quando, depois do labirinto, se encontra a
saída, e quando, depois de um pesadelo, o afago materno abranda o batimento com
um abraço carinhoso e intenso.
As mãos
maternas trazem os sinais de tantos momentos sentidos, uns mais felizes, outros
com maior complexidade; no entanto, elas apoiam e sustentam os filhos.
O sol, ao
longo da vida, escureceu as costas dessas mãos e transformou sua pele, antes
seda, em pétalas de rosas com as marcas da vivência... Mas rosas serão sempre
flores.
Ainda, neste
momento, posso acariciar essas mãos tão puras e amorosas que, na matéria,
respeito e admiro e, na eternidade, com toda a ternura de hoje, essas mãos
continuarei a amar.
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