Ana nos pergunta: – Se você reencarna para ajudar
outra pessoa a evoluir, mas esta não aproveita a oportunidade e você fracassa,
terá você na próxima existência a mesma missão até conseguir sucesso?
Na questão 583 d´O
Livro dos Espíritos, no mesmo capítulo em que é tratada a missão da
paternidade, aprendemos que os pais não são considerados responsáveis pelo
fracasso dos filhos quando fizeram tudo o que estava ao seu alcance para
encaminhá-los na senda do bem.
É evidente que o amor sempre fala mais alto e é
perfeitamente razoável admitir que aquele que ama voltará sempre a ajudar o ser
que estima, ainda que não esteja a isso obrigado.
Na literatura espírita há relatos sobre dois casos de
pessoas que vieram à Terra com tarefa específica de auxílio a determinada
criatura – o caso Quinto Varro, que teve a permissão de ajudar seu filho
Taciano, assunto central do romance “Ave, Cristo”, de Emmanuel, e o de Alcíone,
que retornou especificamente para ajudar Pólux, uma história narrada no romance
“Renúncia”, do mesmo autor.
Segundo o que aprendemos na Doutrina Espírita, as
famílias costumam repetir no plano corpóreo as experiências vividas no passado,
muitas vezes sob o mesmo título e outras sob títulos diferentes, o que implica
dizer que uma mulher pode vir como mãe de uma mesma pessoa em sucessivas
existências.
É o amor e a necessidade evolutiva que definem tais
situações. E não é difícil entender que a repetição dessas experiências acaba
fortalecendo os laços de família, dando origem assim ao que o Espiritismo chama
de famílias espirituais.
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