Uma leitora perguntou-nos se pode ocorrer uma gravidez
sem que haja Espírito ligado ao corpo da criança.
A resposta é sim, conforme aprendemos nas questões n. 136
e 356 d´O Livro dos Espíritos, de Allan
Kardec.
Eis o que, de forma resumida, essas questões nos
informam:
Questão 136:
2. O corpo físico não é mais que um envoltório e pode
existir sem a alma.
Questão 356:
1. Entre os natimortos há alguns a cujos corpos nenhum
Espírito esteve destinado.
2. Tais crianças só vêm por seus pais, e algumas vezes
pode chegar a termo de nascimento um ser dessa natureza, mas ele não sobrevive.
3. Toda criança que vive após o nascimento tem
forçosamente encarnado em si um Espírito. Que seria esse ser se assim não
acontecesse? Não seria um ser humano.
*
A frustração causada pela morte do bebê é, sem dúvida,
uma dura prova ou uma expiação para os pais.
No caso de gravidez sem Espírito, a pergunta que se
faz é: - Por que, não existindo Espírito ligado à criança, a gestação prossegue
normalmente e o corpo do bebê se forma no ventre materno?
André Luiz trata do assunto em seu livro Evolução em Dois Mundos , 2ª
parte, cap. XIII, no qual nos transmite as informações abaixo resumidas:
a. Em todos os casos em que há formação fetal, sem que
haja a presença de entidade reencarnante, o fenômeno obedece aos moldes mentais
maternos.
b. Dentre as ocorrências dessa espécie há, por
exemplo, aquelas em que a mulher, em provação de reajuste do centro genésico,
nutre habitualmente o vivo desejo de ser mãe.
c. Ela impregna as células reprodutivas com elevada
percentagem de atração magnética, pela qual consegue formar, com o auxílio da
célula espermática, um embrião frustrado que se desenvolve, embora inutilmente,
na medida da intensidade do pensamento maternal.
d. Seu pensamento opera por meio de impactos
sucessivos condicionando as células do aparelho reprodutor, que lhe respondem
aos apelos segundo os princípios de automatismo e reflexão.
Evidentemente, se em casos assim a criança chega a nascer com vida, o
que seria muito difícil, a morte ocorreria de imediato, visto que, não havendo
Espírito, inexiste também o corpo espiritual ou perispírito, cujo papel na
manutenção da vida orgânica é fundamental.
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