domingo, 2 de junho de 2013

Uma razão para viver com alegria


   Na entrevista que, algum tempo atrás, Divaldo Franco concedeu a Ana Maria Braga, em seu programa matinal na Rede Globo de Televisão, chamou a atenção a surpresa da jornalista com respeito à jovialidade do notável médium que, como sabemos, já havia naquela ocasião ultrapassado a marca dos 80 anos.
Qual o segredo dessa jovialidade? Divaldo disse: “Alegria de viver”, acrescentando em seguida que o Espiritismo lhe havia tirado todas as dúvidas a respeito das metas psicológicas e dos objetivos de nossa passagem pela Terra.
É provável que esteja aí, no esclarecimento de nossas dúvidas, o motivo pelo qual a Doutrina Espírita encanta os adultos que a ela chegam após terem cultivado outras crenças.
Foi o que nos disse certa vez uma dessas pessoas que ingressou pela primeira vez num centro espírita depois de haver perdido, em circunstâncias dramáticas, seu filho caçula. Estudando a Doutrina, conhecendo melhor os meandros e os mistérios da vida, ele também diz, como Divaldo, que o Espiritismo lhe esclareceu todas as dúvidas que uma vida dedicada ao catolicismo jamais havia solucionado.
Em um artigo por nós publicado meses atrás, o tema principal foi a larga distância que existe entre o mundo que conhecemos e o mundo sonhado pelos revolucionários franceses, mundo esse no qual um dia imperarão soberanas a fraternidade, a igualdade e a liberdade.
A pergunta inevitável é: por que esse dia se encontra tão longe?
Conforme observou Kardec a respeito do assunto, a questão toda se resume à inexistência na Terra do sentimento de fraternidade, que, embora possa existir nesse ou naquele círculo, constitui um ideal distante das diferentes sociedades existentes no planeta, com culturas heterogêneas e um sentimento nacionalista muito forte, que divide em vez de unir os terráqueos.
Ao mostrar com meridiana clareza quais são os nossos verdadeiros interesses nesta passagem pela Terra e quais as metas que o Espírito humano objetiva no seu longo processo evolutivo, o Espiritismo pode ajudar muito nessa união cada dia mais necessária. Afinal, a base do ideal de fraternidade é o fato de sermos todos irmãos, filhos do mesmo Pai e a caminho do mesmo objetivo.
Para isso, é indispensável divulgar os ensinamentos que os imortais nos têm enviado. Fazê-lo atende uma conhecida recomendação de Emmanuel concernente à divulgação do Espiritismo, que ele expressou nos seguintes termos: “Lembra-te deles, os quase loucos de sofrimento, e trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus-Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade – a caridade da sua própria divulgação”. (Estude e Viva de Emmanuel/André Luiz, cap. 40.)
Divulgar o Espiritismo não significa fazer a ele caridade; não é essa a ideia. Divulgar o Espiritismo significa ajudar as pessoas para que possam, tal como Divaldo observou, eliminar todas as dúvidas que tenham com relação às metas psicológicas e aos objetivos de sua passagem pelo planeta.
Com isso, estaremos, sem dúvida, contribuindo para que o ideal de fraternidade seja, um dia, realidade no mundo em que vivemos. E com ela, como já vimos anteriormente, a igualdade e a liberdade serão meras consequências.





Um comentário:

  1. Seus posts sempre geram aprendizado, consolo, esperança... Neruda tinha razão quando dizia sobre a urgência da "terrestre esperança" porquanto a fraternidade ainda não tem presença uníssona no planeta. Mas estamos a caminhar. Gratidão pela sua luta em divulgar o Espiritismo... Abraços. Eugênia.

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