“Post mortem”
Raul de Leoni
Depois da morte, tudo
aqui subsiste,
Neste Além que
sonhamos, que entrevemos,
Quando a nossa alma
chora nos extremos
Dessa dor que no
mundo nos assiste.
Doce consolação,
porém, existe
Aos amargosos prantos
que vertemos,
Do conforto celeste
os bens supremos
Ao coração
desalentado e triste.
Também existe aqui a
austera pena
A consciência infeliz
que se condena,
Por qualquer erro ou
falta cometida;
E a Morte continua
eliminando
A influência do mal,
torvo e nefando,
Para que brilhe a
Perfeição da Vida.
Raul de Leoni, nasceu em Petrópolis-RJ
em 1895 e desencarnou em Itaipava, com apenas 31 anos de idade. O soneto acima
integra o Parnaso de Além-Túmulo,
obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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