terça-feira, 17 de setembro de 2013

O brilho dos jovens olhos

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR

Crianças. São belas... são misteriosas... são surpreendentes... são espíritos, isso diz tudo.
Um largo sorriso se abriu no rosto daquele homem extremamente sério, com tanta responsabilidade profissional. Viu seu filho que o esperava, no fim da tarde, no pátio do colégio.
Este momento quando os olhos comuns se encontram com o olhar da criança, não há o que fazer, aquele olhar se rende, inteiramente, aos olhos brilhosos, cheios de luz, de esperança, de vida longa.
Vieram, pai e filho, conversando durante o itinerário para casa. O filho contava as peripécias infantis com tanta graça, tanto entusiasmo. Universo simples e repleto dos coloridos desenhos das historinhas vivenciadas.
O vocabulário era reduzido, mas os gestos da alegria de viver, tão magníficos. O pai até esquecera que gerenciava uma grande companhia. Voltou, naquele momento, a se encantar pela vida. Esse fenômeno ocorria quando os olhos paternos encontravam os filiais.
Aquelas palavras tinham a liberdade pela qual o espírito almeja. Sensação de ser de todos, mas sem ser ninguém; compromisso de viver com responsabilidade de cumprir a meta do crescimento acompanhada da felicidade.
Quando se dá a mão a uma criança, recebe-se a energia da vida nova; recomeço de tudo. Seus olhos inundam a vontade de os outros mais quererem conhecer; espontaneidade traz a relembrança de que a pureza da vida fundamenta toda a sua razão.
Criança, ser tão belo e cativante. Sua presença anima o fraco; restaura o desequilibrado; instaura novos sonhos para comporem a realidade; relembra aos adultos que o arco-íris ainda está no céu e possui sete cores; mostra, muitas vezes, que o pouco é o bastante, que o abraço carinhoso afaga o espírito; ela ainda ensina, com sua singeleza, que as coisas essenciais da vida são simples, estão próximas e são possíveis.
Assim é a criança.
E o pai, quando perto do filho, encantava-se com as estrelas, com os animais, com a natureza, com o sorriso do amanhecer e com o aconchego da vida. E até se lembrava de agradecer a Deus:
– Obrigado, Senhor!

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