Reiniciamos ontem à noite – dia 28 de janeiro – no Centro
Espírita Nosso Lar, de Londrina-PR, o estudo sequencial do livro O Tesouro dos Espíritas, de autoria de
Miguel Vives y Vives, conforme tradução de J. Herculano Pires, publicada pela
EDICEL.
Eis as três questões propostas para debate inicial:
1. O que as faltas
graves acarretam?
2. Como encarar a
dor e o sofrimento em nossa vida?
3. Que significa a
existência material em um planeta como o nosso?
Realizamos, em seguida, a leitura do texto abaixo, que
serviu de base aos estudos da noite, sendo feitos, a cada item lido, os
comentários pertinentes:
78. Se incorreu na falta por palavras, tendo sido
indiscreto, intolerante ou brutal, o espírita não deve tomar-se de
amor-próprio, mas, reconhecendo o seu erro, há de, sem mais tardar, procurar o
ofendido e dar-lhe plena satisfação do seu erro. (P. 96)
79. Depois, ao fazer o seu exame de conduta, o espírita tem
mais o que pedir ao Pai e rogar ao Senhor, que tão amável foi para com todos.
Deve chamar com veemência o seu guia espiritual, procurando tomar as boas
resoluções que sejam necessárias para corrigir-se desse defeito, fazendo tudo
para cumprir os bons propósitos que tomar. (P. 96)
81. Se a falta é grave, acarreta consequências que não se
apagam apenas com bons propósitos, pois exigem também a expiação. Por isso, o
espírita que tenha incorrido numa falta grave, deve praticar uma grande
penitência, como único meio de apagá-la. Penitência é o esquecimento absoluto
de tudo o que possa desviá-lo da correção necessária; uma vida de recato, de
abnegação, sofrendo tudo por amor a Deus e como meio de reparação; dedicar-se à
caridade para com os pobres, os doentes, os aflitos, sem pensar senão em
agradar a Deus e ser útil ao próximo na medida de suas forças. Só assim
conseguimos apagar as faltas graves. (P. 98)
82. Muito podem o arrependimento, a oração e a prática da
caridade. Há, contudo, espíritas que vivem seguindo os impulsos do seu coração,
sem preocupar-se com as faltas de pensamento e de palavras. O procedimento de
hoje pode, no entanto, custar-lhes no futuro muitas lágrimas e muitos sofrimentos.
Por isso, muitos espíritas desencarnados têm caído em má situação. (PP. 98 e
99)
83. É a falta de estudo de si mesmos, de cuidado na maneira
de pensar, de falar e de agir, que acarreta essas consequências. É preciso,
pois, viver apercebidos, não distrair-se na vida terrena, aproveitar-se dela
para o progresso, para a conquista do verdadeiro bem-estar. (P. 100)
84. Todos os espíritas devem ter presente que é preciso não
esquecer que o tempo de nossa vida na Terra é sumamente curto e que o tempo que
teremos de passar, no Espaço, será sumamente longo, sendo felizes ou infelizes,
segundo tenhamos cumprido ou deixado de cumprir os nossos deveres espirituais.
(P. 100)
86. Temos visto - diz Vives - espíritas que souberam sofrer
com resignação e alegria, mas vimos também outros que, embora aparentassem
resignação, choravam e lamentavam
seus sofrimentos. Esses
espíritas, evidentemente, não andavam
bem, porque a tristeza engendra o mau humor,
que pode dar lugar à murmuração
contra o destino. E quando chegamos à murmuração, estamos a um
passo da revolta. (PP. 102 e 103)
87. O espírita deve encarar a existência material como um
curso de provas de toda espécie: físicas e morais, que servem para levá-lo a um
verdadeiro progresso. Nunca deve confundir essa existência com a verdadeira
vida, mas como um período de estudos e provas, em que se prepara com vistas a
esta última, que se encontra na erraticidade. Cada dia que passamos na carne
corresponde a milhares de anos que iremos viver no Espaço. Que significa, pois,
este pequeno período diante da vida espiritual imensa? (P. 104)
88. No Reino de Deus
não se entra de surpresa, nem se atinge a felicidade senão depois da
purificação. Assim, as comodidades, as alegrias mundanas, os gozos da Terra não
são os caminhos indicados para alcançarmos a felicidade no espaço. (P. 105)
89. Quanto mais
próximo o homem se acha da sua felicidade espiritual, mais submetido será a
todas as provas terrenas. Basta recordar a vida dos grandes mártires, dos
justos, e compará-la com a dos potentados do mundo... (P. 105)
*
Concluído o estudo, foram lidas as respostas dadas às três
perguntas propostas.
Ei-las:
1. O que as faltas
graves acarretam?
Elas acarretam consequências que não se apagam apenas com
bons propósitos, pois exigem também a expiação. Por isso, o espírita que tenha
incorrido numa falta grave deve praticar uma grande penitência, como único meio
de apagá-la. Penitência é o esquecimento absoluto de tudo o que possa desviá-lo
da correção necessária; uma vida de recato, de abnegação, sofrendo tudo por
amor a Deus e como meio de reparação; dedicar-se à caridade para com os pobres,
os doentes, os aflitos, sem pensar senão em agradar a Deus e ser útil ao
próximo na medida de suas forças. (O
Tesouro dos Espíritas, 1ª Parte, Guia Prático para a Vida Espírita, pp. 97 e
98.)
2. Como encarar a
dor e o sofrimento em nossa vida?
É preciso, ensina o Espiritismo, encarar o sofrimento e a
dor com calma, resignação e alegria, porque sabemos que a Terra é um lugar de
expiação e que a dor purifica e eleva, sendo, por isso, um dos meios pelos
quais progredimos mais rapidamente. (Obra
citada, pp. 102 e 103.)
3. Que significa a
existência material em um planeta como o nosso?
A existência material deve ser considerada como um curso de
provas de toda espécie – provas físicas
e morais – cujo objetivo é levar as pessoas ao verdadeiro progresso. Não
devemos confundir essa existência com a verdadeira vida, mas compreendê-la como
um período de estudos e provas, em que as pessoas se preparam com vistas à vida
espiritual. No Reino de Deus não se
entra de surpresa, nem se atinge a felicidade senão depois da purificação.
Assim, as comodidades, as alegrias mundanas, os gozos da Terra não são os
caminhos indicados para alcançarmos a felicidade verdadeira. (Obra citada, pp. 104 e 105.)
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