JORGE
LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Estávamos no último
dia do ano e vimos, pela TV, a corrida de São Silvestre; constatamos que os
quenianos voltaram a vencer, que o melhor corredor brasileiro só conseguiu ser
o quarto colocado e que a melhor corredora ficou em sexto lugar. O tempo de
cada um? A metade do que eu ou você, amigo leitor e habitual corredor,
costumamos gastar numa corrida de 15
km .
Mas não desanimemos,
continuemos correndo ou, se não pudermos correr, uma caminhadinha diária de
meia hora ainda é mais vantajosa do que duas ou três corridas de 5 ou 10 km por semana.
O mais importante, em
tudo isso, é que estejamos vivos e produzindo algo, senão em prol de nós
mesmos, ao menos em prol de nós mesmos, pois quando produzimos algo em
benefício alheio, ainda que não o saibamos ou não pensemos nisso (o que seria
ideal), estamos fazendo por nós próprios.
Chegado um novo ano e
já tendo dobrado novo século, as expectativas para 2014 são várias: os adeptos
do futebol desejam ver nossa seleção campeã, para não darmos o vexame de 1950, em pleno Maracanã ; os
políticos desejam ver a situação mudar: os da situação para melhor, os da
oposição para pior; os religiosos esperam ver o Cristo voltar, pois ainda não
perceberam que quem precisa se transformar somos nós mesmos e não os outros...
Enfim, deixemos a morte, pois a vida nos chama.
Ontem, vi e ouvi na
televisão um apresentador perguntando o que algumas pessoas do palco desejariam
jogar fora, antes de iniciarem o ano novo. Um disse que gostaria de se livrar
da sogra, o que é uma crueldade, pois há sogras melhores do que algumas mães; o
outro disse que jogaria fora a pança, mas se não se esforçar em praticar
exercícios e ser comedido na alimentação vai perder seu tempo; a outra se
propôs jogar fora as contas a pagar, o que não resolveria o problema de suas
dívidas; teve até uma jovem que sonha ficar livre do namorado chato. E eu me
pergunto: como alguém consegue namorar um chato?
A vida ruidosa
chama-nos, leitor amigo, com os seus 214 milhões de reais que correram pela
megassena nesta semana. Quem apostou até as 14h de 31 de dezembro de 2013
apostou, quem não o fez que o fizesse, afinal, com essa grana na mão, até o
Anderson Silva se convenceria de que não vale mais a pena lutar, o que dizem
que ele não aceita admitir, após quebrar os dois ossos da perna em sua última
luta. A essa altura, já temos quatro ganhadores: dois do Paraná, um de Alagoas
e um da Bahia. Do Paraná, as cidades de Curitiba e Palotina foram contempladas;
de Alagoas, o prêmio foi para Maceió e, na Bahia, Teofilândia ficou conhecida
nacionalmente, graças ao seus felizardos milionários.
O que vale a pena
mesmo, amiga leitora, é investir, a partir de agora, em trabalhar
incansavelmente no bem, como dissemos acima, ainda que tal propósito obedeça,
antes, ao nosso bem pessoal, pois o que nos pode deixar mais felizes do que ver
nosso próximo feliz? Que, após as justas comemorações de mais um ano
percorrido, “trabalhemos sempre com o pensamento voltado para Jesus,
reconhecendo que a preguiça, a suscetibilidade e a impaciência nunca foram
atributos das almas desassombradas e valorosas” (XAVIER, Chico. Emmanuel. 27.
ed. FEB, 2008, cap. 23).
O mais importante é
continuar aprendendo e convivendo para melhor servir, pois knowledge is
everything. So we meet again in 2014.
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