CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Calma. Foi o que minha
alma começou a sentir quando despertou para o aprendizado de se aquietar, de se
interiorizar, de olhar para o alto e compreender que há um condutor que,
naturalmente, a liga ao espiritual, a Deus, mesmo sendo ela ainda este pequeno
e simplório ser.
A alma de ontem não mais
sou hoje, talvez sejam menos ou mais os acertos; porém, aprendi algo novo,
vigiei-me para não mais cometer, por ora, o mesmo erro, encontrei pessoas que
amo, refleti no contexto de que estou aqui, mas sou espírito... eterno.
No momento da prece, a
fé abraça meu sentimento; é evidente, que há instantes mais profundos e
duradouros e outros ainda bem mais aterrados, preocupados com os horários e
compromissos. Estou feliz, no entanto, percebo, a cada novo raiar do Sol, que
preciso me descobrir mais espírito e menos carne.
Tempo precioso é o
dedicado ao encontro interior por meio de uma leitura edificante, pelos fios da
prece que nos ligam ao bem.
Foi preciso querer
compreender a dimensão de um conteúdo com o qual todos temos contato: o
mundo... criação de Deus. O Pai está nas mais lindas paisagens e nos olhos da
criança; no refazimento perante episódios marcantes; está na faculdade de amar,
de viver; está no espírito que habita cada corpo apropriado – ou muito
materializado, ou já mais refinado.
Sei que haverá muita
labuta no linear da jornada, sei que minha alma aprenderá mais rápido ou não as
novas lições, conforme o conteúdo e a minha disciplina; a luz eterna me
confirmará vida nova; sei que chorarei e sorrirei, ampararei e serei amparada;
no entanto, o mais radiante é quando a consciência decide se esclarecer e
assimilar que a alma aqui é o espírito da eternidade.
Agora, na prece antes de
dormir, me aproximo da meditação. Ainda que eu seja um foquinho de algo
brilhoso mais a ser preenchido do que luz propriamente, minha alma, leve, está:
como você, sou filha de Deus. Não sei o tempo que levará, mas meu impulso
constante é para um cais, neste momento, ainda a perder de vista, denominado
perfectibilidade, estado permanente da paz.
Com as palavras mentais
envolvidas pela ternura amorosa da vida, fui me desprendendo do corpo mais
denso e procurando, no universo, lugares mais sutis.
Quando retornei, o andamento
continuava... mas a fé suspirou em meu peito a fim de me renovar.
Com o início da
descoberta da paz, o entendimento pulsou-me renascido de que sou alma sob o céu
infinito; sou ser com a centelha divina me apresentando à vida com tudo de
melhor a desenvolver e conquistar; sou por enquanto faísca frente à razão real
de viver; sou uma alma que começou, graças a Deus, a encontrar a paz.
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