No estudo dos substantivos deparamos com uma lista razoável
de palavras cujo sentido varia conforme a flexão – masculina ou feminina – que
adotamos.
Eis alguns desses substantivos:
Lente: o lente (o professor), a lente (o disco de vidro)
Cisma: o cisma (a separação), a cisma (a desconfiança)
Moral: o moral (a coragem), a moral (a ética)
Grama: o grama (a unidade de massa), a grama (a relva)
Cura : o cura (o pároco), a cura (o restabelecimento da
saúde)
Crisma: o crisma (o óleo santo), a crisma (a cerimônia
religiosa)
Corneta: o corneta (o corneteiro), a corneta (o instrumento
musical)
Cabeça: o cabeça (o chefe), a cabeça (a parte do corpo)
Capital: o capital (dinheiro), a capital (a cidade
principal)
Águia: o águia (o espertalhão), a águia (a ave de rapina).
*
A ambiguidade – falta de precisão – naquilo que se diz é um
problema frequente nos textos jornalísticos, derivado geralmente de uma
acentuação equivocada ou da colocação confusa dos termos da oração.
Uma pessoa, considerando que o chefe completara mais um ano
de vida naqueles dias, levou-lhe um presente.
Veja como o fato foi por ela enunciado:
– Trouxe um presente para o meu chefe que fez anos ontem
nesta caixa.
Mais ambíguo, impossível!
Em verdade, ela desejara dizer:
– Trouxe, nesta caixa, um presente para o meu chefe, que
fez anos ontem.
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