quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Objetivos do ano que hoje se inicia


É comum, sempre que se inicia um novo ano, fazer-se um balanço do que aconteceu no período recém-findo e dos objetivos a conquistar nos doze meses seguintes.
Há os que, em ocasiões como essa, se prendem mais aos objetivos materiais da existência, sendo de número reduzido aqueles que – ao lado dessas preocupações – cuidam também dos aspectos metafísicos ou espirituais da experiência humana.
Em tais momentos é importante lembrar as finalidades de nossa presença no mundo. O motivo disso é simples: se não levarmos em consideração o porquê de nossa passagem pela Terra, como estabelecer as metas a serem atingidas?
Já foi dito aqui, por mais de uma vez, que nossa passagem pela experiência reencarnatória tem como finalidade, em última instância, o progresso. Não somente o progresso individual, mas o aprimoramento coletivo, a evolução da própria sociedade em que estamos inseridos.
O assunto é focalizado na questão 132 d´O Livro dos Espíritos, em que Allan Kardec indagou: Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
Os imortais responderam: “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta”.
Terminada uma experiência reencarnatória faz-se a necessária avaliação, assinalando-se, então, as lacunas a preencher, os vícios a combater, o trabalho a realizar na experiência seguinte.
Abel Gomes, em mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, alude ao fato, como o leitor pode conferir no livro Falando à Terra, págs. 34 e seguintes.
“Na existência do corpo, começamos ou recomeçamos determinado serviço. Além da sepultura, continuamos a boa obra encetada ou somos escravos do mal que praticamos na Terra”, eis um dos trechos da mensagem.
“Grande parte de semelhantes remanescentes da luta humana – informa Abel Gomes – estacionam nos próprios lares em que desencarnaram, presos às lágrimas, aos desvarios ou aos pensamentos de amargura e revolta, de tristeza ou indisciplina daqueles que lhes partilharam as experiências, e nutrem-se, como vampiros naturais, no organismo doméstico.”
Segundo Abel Gomes, os deveres cumpridos no seio doméstico significam ingresso no apostolado pela redenção humana. “Os raros homens e mulheres que se ausentam do mundo, conservando uma consciência tranquila para com os parentes e afeiçoados, penetram, de imediato, em missões mais amplas no auxílio à Humanidade.”
Chamamos, porém, a atenção do leitor para estas três importantes informações que Abel Gomes inseriu na citada mensagem:
•  Nem todos se retiram na Terra na posição de heróis.
•  A perfeita sublimação é obra dos séculos incessantes.
•  A perda dos minutos deve ser considerada como sendo a mais lastimável e ruinosa de todas.
Considerando as advertências acima, cuidemos para que 2014 não reedite os equívocos dos anos anteriores, mas seja um ano proveitoso em que nossa caminhada no rumo da sublimação não sofra percalços ou desvios por nossa própria culpa.



Nenhum comentário:

Postar um comentário