domingo, 20 de abril de 2014

Jesus, a violência e o sermão profético


Os números que retratam o recrudescimento da violência no Brasil parecem indesmentíveis. E, fato curioso, os percentuais pertinentes à criminalidade se apresentam maiores, conforme as estatísticas oficiais, nos lugares em que teoricamente a pobreza e a carência material são menores.
Toda vez que esses dados vêm a público, o governo federal acena com um novo plano de segurança que, segundo a propaganda oficial, deverá reverter a situação, esperando com isso acalmar a população brasileira, que se encontra cansada de tanta violência, de tanta corrupção e de tantos desmandos em um país que costuma, com indisfarçado orgulho, dizer-se cristão.
Em verdade, como escreveu certa vez nossa confreira Jane Martins Vilela em artigo publicado no jornal O Imortal, violência sempre houve no mundo.
Já esquecemos, porventura, as duas Guerras Mundiais, a guerra do Vietnã, a guerra da Coreia e os conflitos da Bósnia e do Kosovo?
Se tomarmos esses conflitos como ponto de referência, veremos que a Terra não está pior do que cem anos atrás, quando teve início a Grande Guerra de 1914.
O mundo está, sim, embora de forma lenta, cada vez melhor, visto que o número dos que matam, dos que avançam sobre os cofres públicos, dos que não respeitam os direitos do próximo é infinitamente menor que o número dos que anseiam pela paz, dos que vivem às vezes miseravelmente com parcos salários e, mesmo assim, respeitam o semelhante.
Como entendia J. Herculano Pires, a Terra não experimenta uma crise de involução, mas de revolução, crise por sinal prevista por Jesus no sermão profético, segundo o qual, antes da vitória final do Evangelho, que será um dia ensinado e praticado em todos os lugares, haveria guerras, tremores de terra e muita iniquidade, não significando com isso o fim do mundo, mas somente o começo de uma nova era.
O estado caótico em que ainda nos encontramos, apesar do progresso registrado nos últimos tempos, mostra apenas que a Terra é um planeta ainda muito atrasado e longe está desse estágio chamado Mundo de Regeneração, cujo advento para as próximas décadas só é propagado pelas pessoas desinformadas que não veem televisão nem leem os jornais.
Há, portanto, um longo caminho a percorrer, mas a meta será um dia alcançada, dependendo tão somente dos nossos esforços.



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