Um leitor pergunta-nos como deve
proceder a pessoa que desconfia que seja médium, em face de alguns fenômenos
inusitados que vêm ocorrendo em sua vida. Que deve ela fazer? Como deve lidar
com o fato?
O tema mediunidade tem sido, com
frequência, objeto de perguntas enviadas por leitores.
Lembremos aqui alguns conceitos acerca
do tema que podem ajudar o leitor a compreender melhor a questão.
Diz Allan Kardec que toda pessoa
que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é médium, ou seja,
intermediário entre desencarnados e encarnados. Essa faculdade é inerente ao
homem; não constitui, pois, um privilégio exclusivo e poucas são as pessoas que
não revelem rudimentos dela, o que nos permite dizer que, de um modo geral,
todos somos médiuns.
Costuma-se, porém, aplicar o qualificativo
de médium apenas àqueles cuja faculdade medianímica é claramente caracterizada
e traduz-se por efeitos patentes e de certa intensidade.
Existe um diagnóstico para saber
se alguém é médium?
Não há. Os sinais físicos pelos
quais algumas pessoas julgaram ver indícios não têm nada de certo. A faculdade
mediúnica se encontra nas crianças e nos velhos, nos homens e nas mulheres,
quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento
intelectual e moral.
Não há senão um meio de
verificar se a faculdade existe: é experimentar.
Os sintomas que anunciam a
mediunidade variam ao infinito. Martins Peralva os enumera: reações emocionais
insólitas, calafrios e mal-estar, sensação de enfermidade, irritações
estranhas... Algumas vezes, porém, pode a faculdade mediúnica eclodir sem
nenhum sintoma, exuberante, espontânea.
É por isso que a paciência, a
perseverança, a boa vontade, a humildade, o estudo e o trabalho constituem
fatores de extrema valia na educação e no desenvolvimento da faculdade
mediúnica.
Registre-se, contudo, que o mais
comum é vermos a mediunidade vinculada à dor, sobretudo no seu início, o que
não é difícil de compreender, uma vez que vivemos em um mundo de expiações e
provas, habitado por seres encarnados e desencarnados com os quais nos
afinizamos e em quem predomina a imperfeição moral, expressa na forma de
inveja, ciúme, ódio, despeito, vingança e tantos outros filhos do orgulho e da
ignorância.
São as vibrações decorrentes
dessas imperfeições que o médium iniciante, com a sensibilidade ampliada, passa
a sentir, sem ter ainda condições de lhes oferecer resistência, o que lhe virá
posteriormente com o trabalho nobre, a perseverança no bem, o estudo sério, a
oração e a vigilância.
Que fazer quando surja
espontaneamente a faculdade mediúnica numa pessoa qualquer?
O correto nesse caso é deixar o
fenômeno seguir seu curso normal: a Natureza é mais prudente do que os homens e
a Providência é sábia, porquanto, tendo seus objetivos, o menor deles poderá
ser o instrumento das maiores realizações. É sempre útil, em tais casos,
procurar pôr-se em relação com o Espírito para saber o que ele deseja. Os seres
invisíveis que revelam sua presença por efeitos sensíveis são, em geral, de
categoria inferior e que podemos dominar pelo ascendente moral. É esse
ascendente moral que é preciso adquirir. Com isso, em lugar de entravar os
fenômenos, o que raramente se consegue, o médium acaba impondo-se ao Espírito,
ao invés de ser por ele dominado, o que lhe permite dar passividade apenas no
momento em que isso seja conveniente.
Seria importante ao leitor
informar-se sobre o tema e, quando possível, buscar auxílio no Centro Espírita
mais próximo, onde receberá, com certeza, a orientação necessária.
Sugerimos, por fim, que o leitor
e demais interessados leiam os textos abaixo indicados, todos eles publicados na
revista O Consolador, nos quais
diversos aspectos relacionados com o tema mediunidade são examinados:
Normas a observar no
desenvolvimento mediúnico:
Oportunidade do desenvolvimento
mediúnico:
Adaptação psíquica no
desenvolvimento da mediunidade:
Sinais precursores da
mediunidade: mediunidade como prova:
A educação mediúnica e a
evangelização do médium:
Como consultar as
matérias deste blog?
Se você não conhece
ainda a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W,
e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.
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