Por que creio na imortalidade da alma
Sir Oliver Lodge
Parte 5
Damos prosseguimento
ao estudo metódico e sequencial do livro Por
que creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de
acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela
Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este
estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do
Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
1) questões preliminares;
2) texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Como é que os
Espíritos se apresentam a nós encarnados?
B. Que é preciso
para comunicar-nos com os desencarnados?
C. Como Lodge resume
em poucas palavras a história da Ciência?
Texto para leitura
53. As mensagens
mediúnicas são muitas vezes recebidas por pessoas que perderam algum familiar.
É assim que elas chegam a pôr-se em relação com os seus caros mortos e a
descobrir que a memória, a afeição e o caráter deles persistem sempre. (P. 27)
54. A prova da
identidade do comunicante é dada por este e às vezes é tão forte que o
ceticismo da pessoa aflita desaparece e o consolo e a esperança lhe voltam ao
coração. (P. 28)
55. “Para mim - diz
Oliver Lodge - a evidência é virtualmente completa e não tenho mais dúvida
alguma sobre a existência e a sobrevivência da personalidade, do mesmo modo que
não a tenho sobre a dedução de uma experiência qualquer, comum e normal.” (P.
28)
56. Lodge acrescenta
que os comunicantes se apresentam mais ou menos como eram neste mundo. Eles
progridem gradualmente, mas não perdem logo o seu contato com a Terra. Em
geral, eles fazem-nos sentir a importância da existência terrena, a
responsabilidade dos nossos atos, a manutenção do nosso caráter, o valor do
trabalho e da atividade no Além, embora sua compreensão das coisas esteja longe
de ser completa, pois seu saber é apenas um pouco maior do que o nosso. Não
devemos, pois, considerá-los como “oráculos ou fontes de informações
infalíveis”. (PP. 28 e 29)
57. Uma das objeções
feitas à utilização dos médiuns para o recebimento das mensagens é esta: por
que não podemos comunicar-nos diretamente com o Além? Ora, os que possuem
faculdades mediúnicas podem fazê-lo, mas os que não as possuem devem recorrer
aos meios conhecidos. Aliás, é assim que ocorre com todos os nossos meios de
comunicação. Para falar, valemo-nos das vibrações atmosféricas; para ver,
utilizamos as vibrações etéricas; para o tato, o nosso próprio corpo físico.
(P. 29)
58. Desse modo, para
comunicar-nos com os desencarnados, somos obrigados a servir-nos do mecanismo
corporal de certas pessoas que possuem a faculdade necessária para uma
comunicação de tal espécie. (P. 30)
59. Essa faculdade
talvez nos seja misericordiosamente recusada, para que possamos ocupar-nos de
nossos afazeres e cumprirmos nossos deveres. Um médium é uma pessoa que
sacrifica parte de sua existência para correr em auxílio de seus semelhantes.
Devemos, pois, ser-lhes gratos e tornar sua tarefa mais fácil. (P. 30)
60. A ideia de lhes
censurar, em alguns casos, o recebimento de uma remuneração modesta, que lhes
permita viver devotado ao serviço alheio, é inteiramente absurda. (P. 30) (N.R.: Entende-se
tal afirmação quando partida de um experimentador não espírita, como Oliver
Lodge. O espiritista deve, no entanto, seguir a recomendação kardequiana
contida no cap. 26, itens 9 e 10, d’ O
Evangelho segundo o Espiritismo.)
61. Outrora, a
telegrafia sem fio era considerada impossível e hoje é uma banalidade. A
existência do éter universal também foi contestada, embora sintamos o seu
contato quando nos aquecemos diante do fogo ou ao Sol, e quando transmitimos
mensagens por seu intermédio. Lodge declara, porém, estar absolutamente certo
de que existe um meio físico para a comunicação telepática, de que o éter do
espaço é necessário para esse fim e de que a nossa vida se encontra
constantemente associada a essa substância antes que com a matéria. (PP. 30 e
31) (N.R.:
Lodge está-se referindo, ao tratar do éter universal, ao fluido cósmico
universal. Tudo se resume, como vemos, a uma questão de terminologia.)
62. A história da
Ciência é, sem dúvida, o quadro de resultados interessantes, mas é também o registro
da oposição e da obstrução conservadoras. As teorias dominam o mundo e as
hipóteses novas são mal acolhidas. A notícia sobre a circulação do sangue foi
acolhida com desdém. Os defensores da verdade têm apanhado sempre a luva da
crítica hostil e alguns tiveram de fugir à perseguição, como os anatomistas,
que foram obrigados a prosseguir nos seus estudos em segredo. (P. 33)
63. Nada, pois, de
espantar que as investigações de Sir William Crookes sobre os fenômenos
psíquicos tenham sido mal recebidas, desprezadas e deixadas completamente fora
do domínio científico. O ceticismo foi fundamental nesse episódio, visto que os
membros da Royal Society se recusaram
a verificar o que lhes parecia impossível. (P. 34)
64. É preciso
compreender que o método experimental e o método do livre exame dos fenômenos
não têm numerosos séculos no seu ativo. Ele foi sustentado por Francis Bacon e
Lord Verulam, mas, quando posto em prática por Galileu, consideraram-no uma
novidade quase ímpia, porque os resultados assim obtidos estavam muitas vezes
em contradição com ensinos tradicionais que tinham a autoridade de séculos ou
mesmo de milênios. (P. 34)
65. Pode-se dizer
que atualmente nada existe, nas doutrinas estabelecidas sobre as ciências
mecânicas, físicas ou químicas, que se possa considerar muito sagrada ou
absolutamente certa, de modo a evitar a sua reconsideração, melhoria ou
reforma. A tolerância atual em admitir teorias revolucionárias, como as do
Quanta e da Relatividade, é levada ao extremo, porque tais hipóteses são
formuladas livremente, sem a mínima prova, e admitidas como um passo preliminar
para um conhecimento futuro mais amplo e mais elevado. (P. 35)
Respostas às questões preliminares
A. Como é que os Espíritos se apresentam a nós
encarnados?
Eles se apresentam
mais ou menos como eram neste mundo e, embora progridam, não perdem logo o seu
contato com a Terra. Em geral, eles fazem-nos sentir a importância da
existência terrena, a responsabilidade dos nossos atos, a manutenção do nosso
caráter, o valor do trabalho e da atividade no Além, embora sua compreensão das
coisas esteja longe de ser completa, pois seu saber é apenas um pouco maior do
que o nosso. (Por que creio na
imortalidade da alma, pp. 28 e 29.)
B. Que é preciso para comunicar-nos com os
desencarnados?
Para comunicar-nos
com os Espíritos, somos obrigados a servir-nos do mecanismo corporal de certas
pessoas, a quem chamamos médiuns, que possuem a faculdade necessária para uma
comunicação dessa espécie. (Obra citada, p. 30.)
C. Como Lodge resume em poucas palavras a história da
Ciência?
A história da
Ciência, diz ele, é o quadro de resultados interessantes, mas é também o
registro da oposição e da obstrução conservadoras. As teorias dominam o mundo e
as hipóteses novas são mal acolhidas. A notícia sobre a circulação do sangue
foi acolhida com desdém. Os defensores da verdade têm apanhado sempre a luva da
crítica hostil e alguns tiveram de fugir à perseguição, como os anatomistas,
que foram obrigados a prosseguir nos seus estudos em segredo. (Obra citada, p.
33.)
Nota:
Links que remetem aos textos
anteriores:
Parte 1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 2 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_10.html
Parte 3 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_17.html
Parte 4 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_24.html
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