Finalidade da reencarnação
e seu processo
Este
é o módulo 21 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao
estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões
para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Qual é o objetivo
da reencarnação?
2. A reencarnação do
Espírito é sempre precedida de uma programação feita no Plano Espiritual?
3. Quando se iniciam
e se completam os processos reencarnatórios?
4. Qual é o estado
da alma durante a gestação?
5. Por que, ao
reencarnar, o Espírito não mais se lembra do passado?
Texto para leitura
Finalidade da reencarnação
1. Deus criou os
Espíritos simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto
para o mal. O destino de todos é a perfeição espiritual e, para atingi-la,
devem passar por experiências e adquirir conhecimentos.
2. A vida na matéria
propicia o aperfeiçoamento do Espírito. Ao reencarnar, os Espíritos são
submetidos a situações e provas necessárias ao seu adiantamento moral. Quando
erram ou não atingem os objetivos propostos, voltam a sofrer as vicissitudes da
vida corporal, reencarnando em tarefa expiatória. A vida na matéria
possibilita, ainda, a cooperação de cada Espírito com a Obra Divina.
3. A reencarnação
está sujeita a leis imutáveis. Os processos de reencarnação, embora obedecendo
aos princípios gerais estabelecidos pelas leis divinas, variam de caso para
caso, conforme as circunstâncias atenuantes ou agravantes que houver.
União da alma ao corpo
4. A união da alma
ao corpo é planejada previamente, tendo como principal determinante no nosso
orbe as provas ou expiações pelas quais o Espírito deverá passar. O reencarnante
poderá cooperar ou trabalhar ativamente nesse planejamento.
5. De acordo com o
grau evolutivo em que se encontre, o Espírito poderá facilitar ou dificultar o
processo de renascimento.
6. Os que se detêm
no desamor e no desequilíbrio reclamam maior cooperação dos benfeitores que se
encarregam do renascimento. Os Espíritos rebeldes ou indiferentes têm sua reencarnação
completamente a cargo dos trabalhadores espirituais, que escolhem as condições
e as experiências a que deverão se submeter.
7. A maioria dos que
retornam ao globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhe
organizam novas tarefas redentoras. Muitos reencarnam em estado de
inconsciência.
8. Os processos de reencarnação
são operações graduais: a união da alma com o corpo começa na concepção, mas só
se completa com o nascimento. Essa união efetua-se por meio do perispírito,
envoltório fluídico que serve de ligação entre a alma e a matéria. Em processo
extremamente variado e complexo, o perispírito é reduzido, condensado e, na
sequência, se assimila às moléculas materiais.
9. O perispírito
torna-se um molde fluídico que age sobre o corpo em formação, juntamente com as
condicionantes hereditárias, a influência mental materna e a atuação dos
benfeitores que colaboram no processo reencarnatório.
10. A modelagem
fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem a leis físicas naturais, qual
ocorre na organização das formas em outros reinos da Natureza. Pelas
necessidades de expiação ou de provas, o corpo em formação poderá apresentar
deficiências ou qualidades que se constituirão em oportunidades de redenção ou
reequilíbrio.
Estado da alma durante a gestação
11. No período que
se estende da concepção ao nascimento, o estado do reencarnante assemelha-se ao
do Espírito encarnado durante o sono. Os Espíritos mais evoluídos gozam de
maior liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as consequências
de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado.
12. Uma espécie de
torpor, agonia e abatimento o envolvem gradualmente, intensificando-se até o
término da vida intrauterina. Suas faculdades vão-se velando uma após a outra,
a memória desaparece, a consciência fica adormecida, e o Espírito como que é
sepultado em opressiva crisálida. Esse fenômeno se deve à constrição do
perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com que a existência no
Plano Espiritual e a consciência das vidas pregressas volvam ao inconsciente.
13. O esquecimento
do passado não é, contudo, absoluto. Durante o sono, liberado parcialmente dos
laços corporais, o Espírito pode ter a consciência do passado, que se
manifesta, em muitas pessoas, sob a forma de impressões e em algumas poucas sob
a forma de recordações, umas nítidas, outras vagas e imprecisas. As
reminiscências do passado podem manifestar-se com tendências instintivas,
simpatias inexplicáveis e súbitas, ideias inatas etc. Isso ocorre porque o
movimento vibratório perispiritual, amortecido pela matéria no decurso da vida
atual, é excessivamente fraco para que o grau de intensidade e a duração
necessária à renovação dessas recordações possam ser obtidas durante a vigília.
Esquecimento do passado
14. A oclusão da
memória espiritual não é definitiva. Com a desencarnação, liberto das contingências
materiais, o Espírito poderá retomar a consciência de seu passado.
15. Esse mecanismo,
que faz com que o homem esqueça suas experiências anteriores ao nascimento, é
prova irrefutável da Sabedoria Divina, visto que o conhecimento total da vida
passada, seja no plano físico como no Plano Espiritual, apresentaria grandes inconvenientes
para a reeducação dos indivíduos e o progresso da Humanidade, implicaria
maiores dificuldades ao Espírito na tarefa de transformação de sua herança
mental e, talvez, o prolongamento através dos séculos de ideias falsas, de
teorias errôneas e dos preconceitos.
16. Na sua vida de
relações o homem teria de conviver com antigos adversários, com o objetivo da
reconciliação. Se os reconhecesse, encontraria dificuldades para estabelecer
vínculos afetivos necessários ao atendimento mútuo. Na qualidade de ofensor
poderia sentir-se humilhado e, na qualidade de ofendido, magoado ou irado. O
conhecimento de um passado faustoso poderia avivar o orgulho humano, enquanto
que um passado de miséria ou de erros terríveis poderia causar desnecessária
humilhação e, talvez, o remorso viesse a paralisar as iniciativas no bem.
17. Para que o homem
progrida espiritualmente e cumpra o programa assumido no plano físico, não é
preciso lembrar-se das experiências anteriores.
18. As tendências
instintivas e, em alguns casos, o tipo de vicissitudes e provas que sofre
também podem esclarecê-lo sobre o seu passado e sobre a natureza dos esforços
que tem que fazer para a sua evolução. A observação de suas más inclinações e
das dificuldades por que passa permitirá que saiba o que foi, o que fez e o que
necessita fazer para se corrigir.
Respostas às questões propostas
1. Qual é o objetivo da reencarnação?
Deus criou os
Espíritos simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanto
para o mal. O destino de todos é a perfeição espiritual e, para atingi-la,
devem passar por experiências e adquirir conhecimentos. A vida na matéria
propicia o aperfeiçoamento do Espírito. Ao reencarnar, os Espíritos são
submetidos a situações e provas necessárias ao seu adiantamento moral. Quando
erram ou não atingem os objetivos propostos, voltam a sofrer as vicissitudes da
vida corporal, reencarnando em tarefa expiatória. A vida na matéria
possibilita, ainda, a cooperação de cada Espírito com a Obra Divina.
2. A reencarnação do Espírito é sempre precedida de uma
programação feita no Plano Espiritual?
Sim. A união da alma
ao corpo é planejada previamente, tendo como principal determinante no nosso
orbe as provas ou expiações pelas quais o Espírito deverá passar. O reencarnante
poderá cooperar ou trabalhar ativamente nesse planejamento e, de acordo com o
grau evolutivo em que se encontre, poderá facilitar ou dificultar o processo de
renascimento. Os que se detêm no desamor e no desequilíbrio reclamam maior
cooperação dos benfeitores que se encarregam do renascimento. Os Espíritos
rebeldes ou indiferentes têm sua reencarnação completamente a cargo dos
trabalhadores espirituais, que escolhem as condições e as experiências a que
deverão se submeter. A maioria dos que retornam ao globo é magnetizada pelos
benfeitores espirituais, que lhe organizam novas tarefas redentoras. Muitos reencarnam
em estado de inconsciência.
3. Quando se iniciam e se completam os processos reencarnatórios?
Os processos de reencarnação
são operações graduais: iniciam-se na concepção e se completam no nascimento. A
união da alma com o corpo começa na concepção. Essa união efetua-se por meio do
perispírito, envoltório fluídico que serve de ligação entre a alma e a matéria.
4. Qual é o estado da alma durante a gestação?
No período que se
estende da concepção ao nascimento, o estado do reencarnante assemelha-se ao do
indivíduo encarnado durante o sono. Os Espíritos mais evoluídos gozam de maior
liberdade, mas desde o momento da concepção o Espírito sente as consequências
de sua nova condição e começa a sentir-se perturbado. Uma espécie de torpor,
agonia e abatimento o envolvem gradualmente, intensificando-se até o término da
vida intrauterina.
5. Por que, ao reencarnar, o Espírito não mais se lembra
do passado?
O esquecimento do
passado decorre do fato de que, durante a gestação, as faculdades do Espírito
vão-se velando uma após a outra, a memória desaparece, a consciência fica
adormecida, e ele como que é sepultado em opressiva crisálida. O fenômeno se
deve à constrição do perispírito e à sua limitação pelo corpo, que fazem com
que a existência no Plano Espiritual e a consciência das vidas pregressas
volvam ao inconsciente. O esquecimento do passado não é, contudo, absoluto.
Durante o sono, liberado parcialmente dos laços corporais, o Espírito pode ter
a consciência do passado, que se manifesta, em muitas pessoas, sob a forma de
impressões e em algumas poucas sob a forma de recordações, umas nítidas, outras
vagas e imprecisas.
Nota:
Eis
os links que remetem aos 5 últimos textos:
Módulo 16 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_23.html
Módulo 17 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita.html
Módulo 18 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_9.html
Módulo 19 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_16.html
Módulo 20 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-ao-estudo-da-doutrina-espirita_23.html
Como consultar as matérias deste blog? Se você não
conhece a estrutura deste blog, clique neste link: http://goo.gl/OJCK2W, e verá
como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.
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