quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Iniciação ao estudo da doutrina espírita




Desigualdades sociais

Este é o módulo 47 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus?
2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia?
3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos?
4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê?
5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores?

Texto para leitura

As desigualdades sociais não são obra de Deus, mas do homem
1. As desigualdades sociais, provenientes das mais variadas condições econômicas e espirituais dos vários povos da Terra, são sempre obra dos homens e não de Deus. O Pai criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por força das imperfeições morais que ainda possuem, estatuíram leis – muitas delas injustas e até mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade.
2. Como consequência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.
3. O progresso segue, no entanto, o seu curso ascendente e por isso a desigualdade social, como tudo o que é inferior, dia a dia se atenua, até que se apague em definitivo, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar na Terra.
4. Restará, então, em nosso mundo tão somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social. 

A abolição das desigualdades não se fará de repente
5. Ninguém pense, porém, que as desigualdades desaparecerão de repente e serão o resultado de revoluções, de guerras, de leis ou de decretos. Não. Sua abolição se fará de modo lento e gradual, de acordo com o ritmo dos esforços individuais e coletivos e como consequência do progresso moral alcançado pela Humanidade, o que levará à destruição dos privilégios de casta, de sangue, de posição social, de sexo, de raça, de religião e de quaisquer outros.
6. Compreendamos também que com o banimento das desigualdades sociais não se verificará na Terra um processo de uniformização dos homens. A espécie humana não se transformará em máquina, a sociedade terrena não se tornará um sistema robotizado. Os homens é que passarão a orientar-se pelas leis divinas, a fim de que seus pendores naturais possam desabrochar e desenvolver-se normalmente, sem nenhuma atitude de coerção por parte de quem quer que seja.
7. Haverá, evidentemente, quem ocupe cargos de maior ou de menor responsabilidade, mas, com o adiantamento espiritual, os homens não sofrerão os males do egoísmo, da inveja, do orgulho e do preconceito.

O homem e a mulher gozam, aos olhos de Deus, dos mesmos direitos
8. Em uma sociedade moralizada não se compreenderá a diferença de tratamento, ainda tão comum, que se observa entre o homem e a mulher, porque todos entenderão que, perante os códigos divinos, ambos possuem os mesmos direitos e que a diferença dos sexos existe por força da necessidade de experiências específicas pelas quais o Espírito precisa e deve passar.
9. O Espírito – ensina o Espiritismo – não possui sexo, do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano. É por isso que, embora as funções do homem e da mulher sejam diferentes e específicas, seus direitos são exatamente os mesmos e todo privilégio concedido a um ou a outro é contrário à lei de justiça.
10. A lei humana deve, pois, para ser equitativa, consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher, cientes todos nós de que a emancipação feminina acompanha o progresso geral da civilização, e sua escravização marcha de par com a barbárie. Sexos existem apenas na organização física. Os Espíritos encarnam-se num e noutro e devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.

A desigualdade social é o mais elevado testemunho da realidade da reencarnação
11. As funções, evidentemente, resultam das aptidões próprias de cada gênero. Por exemplo, só a mulher pode ser mãe e amamentar uma criança. O homem e a mulher são, no instituto conjugal, como o cérebro e o coração do organismo doméstico, e essa diversidade de funções verifica-se por necessidade de planificação reencarnatória.
12. São um e outro portadores de uma responsabilidade igual no sagrado colégio familiar. Se a alma feminina apresentou sempre um coeficiente mais avançado de espiritualidade na vida, é que, desde cedo, o Espírito masculino intoxicou as fontes da sua liberdade por meio de todos os abusos, prejudicando sua posição moral no decurso de existências numerosas, em múltiplas experiências seculares. A ideologia feminista dos tempos modernos, com suas diversas bandeiras políticas e sociais, pode ser, segundo palavras ditas por Emmanuel, um veneno para a mulher desavisada dos seus grandes deveres espirituais na face da Terra.
13. A desigualdade social é o mais elevado testemunho da realidade da reencarnação, mediante a qual cada Espírito tem sua posição definida de regeneração e resgate.
14. Miséria, guerras, ignorância, preconceito e tantas outras calamidades coletivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva, diz Emmanuel, estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.

Respostas às questões propostas

1. As desigualdades sociais são obra dos homens ou de Deus?
As desigualdades sociais são obra dos homens e não de Deus, que criou os Espíritos iguais e destinados ao mesmo fim, mas os homens, por causa de suas imperfeições morais, estatuíram leis – muitas delas injustas e mesmo cruéis – para regular as relações em sociedade. Como consequência dessas leis, surgiram muitas desigualdades, que são mais ou menos acentuadas em determinadas nações, conforme o grau evolutivo dos seus componentes.
2. As desigualdades que se observam em nosso planeta desaparecerão um dia?
Sim. As desigualdades sociais, como tudo o que é inferior, um dia desaparecerão da face da Terra, quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar em nosso mundo. Restará, então, em nosso mundo tão somente a desigualdade do mérito, porquanto dia virá em que os membros da grande família universal deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro e entenderão, enfim, que apenas o Espírito pode ser mais ou menos puro, mas isso não depende da posição social. 
3. O homem e a mulher devem ter, tanto nas leis dos homens como nas leis de Deus, os mesmos direitos?
Sim. Em uma sociedade moralizada não se compreende a diferença de tratamento, ainda tão comum, entre o homem e a mulher, porque perante os códigos divinos possuem ambos os mesmos direitos.
4. Os Espíritos podem reencarnar como homens e como mulheres? Por quê?
Podem reencarnar como homens ou mulheres porque o Espírito, em si considerado, não possui sexo do modo como entendemos esse vocábulo em nosso plano. A diferença dos sexos na organização física se dá por força da necessidade de experiências específicas pelas quais os Espíritos precisam e devem passar.
5. Qual é, na realidade, a causa primária de tantas calamidades e aflições que observamos no organismo social, tais como a miséria, as guerras e os cataclismos devastadores?
Miséria, guerras, ignorância, preconceito e tantas outras calamidades coletivas não passam de enfermidades do organismo social, em razão da situação de prova da quase generalidade dos seus membros. Cessada a causa patogênica com a iluminação espiritual de todos em Jesus Cristo, a moléstia coletiva estará, obviamente, eliminada dos ambientes humanos.

Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos  textos:






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