Conforme dissemos, vamos transcrever a cada semana partes do
recente Acordo Ortográfico firmado pelo Brasil, cuja vigência em nosso país
teve início no dia 1º de janeiro de 2009.
O tema de hoje: Acentuação
gráfica – parte 2.
Hiato em seguida a um ditongo
decrescente
Nas palavras paroxítonas, não se acentuam as letras i e u tônicas,
precedidas de ditongo decrescente (ao, ai, au, ei, ui...).
Como era antes e como ficou:
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura
feiínho feiinho
taoísmo taoismo.
Em casos semelhantes, nas palavras oxítonas, o acento gráfico
permanece como antes: Piauí, tuiuiú, teiú.
Palavras terminadas em êem e ôo(s)
Não se usa nessas palavras o acento circunflexo (^), que atribui
som fechado à vogal que encima.
Como era antes e como ficou:
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
vêem (verbo ver) veem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vôos voos,
zôo zoo.
Acento diferencial que permanece
O Acordo Ortográfico não eliminou totalmente do nosso idioma o
acento diferencial, que permanece na escrita de determinadas formas verbais, a
seguir enumeradas:
Pôr. O acento
permanece no verbo pôr, para distingui-lo da preposição por. Exemplo: Vá por aí
para pôr o carro na garagem.
Pôde. Continua o
acento em pôde, para diferenciá-lo de pode. Pôde é a forma verbal do pretérito
perfeito de poder; pode é forma verbal do presente do indicativo. Exemplo: No
ano passado Maria não pôde viajar nas férias, mas este ano ela pode.
Ter e seus derivados: manter, deter, reter, conter. Permanece o acento que diferencia
o singular do plural das formas verbais. Exemplo: João tem uma ótima casa; ele
e seu sócio têm um belo sítio.
Vir e seus derivados: convir, intervir, advir. Tal como no caso anterior, permanece o
acento que diferencia o singular do plural das formas verbais. Exemplo: Meu pai
vem de Minas; meus tios vêm de Santa Catarina.
Uso facultativo do acento diferencial
É agora facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar
as palavras forma/fôrma.
Em alguns casos, o uso do acento evita ambiguidade na frase. Um
exemplo é este: Qual é a forma da fôrma do bolo? No meio espírita, sem a opção
do acento, a seguinte frase ficaria sem sentido: O perispírito é a fôrma da
forma.
Se a frase não produzir ambiguidade, o acento não será utilizado.
Exemplo: pão de forma.
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