A infância
Este é o módulo 80 de uma série que esperamos sirva
aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo
compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões
apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura.
Questões para debate
1. Qual é, segundo o Espiritismo, a utilidade do
período da existência chamado infância?
2. Que vantagens a infância propicia ao Espírito
que retorna à existência corporal?
3. Durante a infância, o encarnado é mais ou menos
acessível às impressões que recebe?
4. Como Emmanuel, ao comparar a existência terrena
a uma longa viagem, define a infância?
5. Que nos ensinou Jesus a respeito do estado de
pureza e simplicidade comum às crianças?
Texto para leitura
A infância é uma fase de adaptação necessária ao reencarnante
1. A alma de uma criança pode ser mais evoluída do
que a de um adulto; no entanto, sua inteligência – durante a fase da infância –
não se manifesta plenamente porque seu organismo físico não está ainda suficientemente
desenvolvido.
2. O estado de perturbação por que passa o
Espírito no ato da reencarnação só aos poucos vai cessando e se dissipa
totalmente com o pleno desenvolvimento dos órgãos.
3. A infância é uma fase de adaptação necessária
ao Espírito que retorna à existência corpórea. Existente nos diferentes mundos,
ela é, porém, menos obtusa nos planetas mais adiantados.
4. Recém-saído do mundo espiritual, onde gozava de
maior liberdade e dispunha de maiores recursos, o Espírito se vê, durante essa
fase, em dificuldades para exprimir plenamente seus pensamentos e manifestar
suas sensações.
Durante a infância o Espírito é mais acessível aos conselhos recebidos
5. Nessa fase da vida, em que o Espírito se vê
limitado em sua liberdade, a infância é uma demonstração da misericórdia de
Deus, que lhe propicia uma dupla vantagem:
1ª - O Espírito ganha o tempo indispensável a fim
de se preparar para as futuras e difíceis tarefas da nova existência corpórea.
2ª - Pela fase que atravessa, revestido da
simplicidade e da inocência comuns a todas as crianças, desperta nos pais e no
núcleo a que pertence muita simpatia, interesse e boa vontade, o que facilitará
o desempenho de suas tarefas no mundo.
6. Sabemos que, ao desenvolver-se, a criança
apresentará, nos anos que se seguirem, as tendências e defeitos morais
inerentes ao seu real adiantamento espiritual, mas este poderá, sem nenhuma
dúvida, ser sensivelmente modificado pela influência recebida desde o berço, de
seus pais e das pessoas incumbidas de educá-la.
7. Reencarnando sob a forma inicial de uma
criança, o Espírito é mais acessível, durante esse período, às impressões que
recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir
os pais e as pessoas investidas dessa tarefa, cuja importância é enfatizada por
Emmanuel no cap. CLI de seu livro “Caminho, Verdade e Vida”: “A juventude pode ser comparada a esperançosa
saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a
velhice será a chegada ao porto”. “Todas as fases requisitam as lições dos
marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com
êxito desejável.”
A pureza e a simplicidade da criança constituem o nosso objetivo
8. Como criança, o Espírito enverga
temporariamente a túnica da inocência, um fato que atesta a bondade e a
sabedoria de Deus, porque sua aparente inocência e fragilidade despertam o
carinho e a simpatia dos adultos que o cercam, facilitando assim o processo de
sua reeducação.
9. Esse estado de pureza e simplicidade é tão
importante que o próprio Mestre o destacou numa conhecida passagem evangélica
em que, aludindo a uma criança que dele se aproximara, declarou: “Em verdade
vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de
modo algum entrareis no reino dos Céus”.
10. O mais frio celerado há de lembrar um dia que
também ele já foi criança, de aparência inocente e pura, e que de muito lhe
valeria ter continuado a cultivar semelhantes virtudes, porquanto sem a
aquisição delas, como ensinou Jesus, não teremos entrada no reino dos Céus.
Respostas às questões propostas
1. Qual é, segundo o Espiritismo, a utilidade do período da existência
chamado infância?
Sua utilidade é muito grande. A infância é uma
fase de adaptação necessária ao Espírito que retorna à existência corpórea.
Existente nos diferentes mundos, ela é, porém, menos obtusa nos planetas mais
adiantados.
2. Que vantagens a infância propicia ao Espírito que retorna à
existência corporal?
São duas as vantagens: 1ª - O Espírito ganha o
tempo indispensável a fim de se preparar para as futuras e difíceis tarefas da
nova existência corpórea. 2ª - Pela fase que atravessa, revestido da
simplicidade e da inocência comuns a todas as crianças, desperta nos pais e no
núcleo a que pertence muita simpatia, interesse e boa vontade, o que facilitará
o desempenho de suas tarefas no mundo.
3. Durante a infância, o encarnado é mais ou menos acessível às
impressões que recebe?
Nessa fase, o Espírito é mais acessível às
impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que
devem contribuir os pais e as pessoas investidas dessa tarefa.
4. Como Emmanuel, ao comparar a existência terrena a uma longa viagem,
define a infância?
Segundo Emmanuel, a juventude pode ser comparada a
esperançosa saída de um barco para viagem importante. A velhice será a chegada
ao porto. A infância é a fase da preparação.
5. Que nos ensinou Jesus a respeito do estado de pureza e simplicidade
comum às crianças?
Esse estado de pureza e simplicidade é tão
importante que o próprio Mestre o destacou numa conhecida passagem evangélica
em que, aludindo a uma criança que dele se aproximara, declarou: “Em verdade
vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de
modo algum entrareis no reino dos Céus”.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan
Kardec, questões 115-A, 183, 379 a 385.
O Evangelho segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec, capítulo VIII, itens 1 a 4.
O Evangelho segundo Marcos, 10:14.
O Evangelho segundo Mateus, 18:2-3.
Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel,
psicografia de Chico Xavier, cap. CLI.
O Espírito da Verdade, de autoria de
vários Espíritos, psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira, pp. 136 e 137.
Nota:
Eis os links que remetem aos 3
últimos textos:
Módulo 77 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/04/provas-da-reencarnacao-este-e-o-modulo.html
Módulo 78 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/05/justificativas-do-esquecimento-do.html
Módulo 79 - https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2018/05/preludio-da-volta-do-espirito-vida.html
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