Podem passar milhares de anos
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
As
coisas que mais docemente se eternizam são as mais simples, pois possuem
essência, ou seja, verdade e amor. Também não possuem receita ou manual a serem
seguidos, são genuínas, sem hora, nem local para acontecerem e nenhuma intenção
a não ser a vontade do coração. Há tantos exemplos a serem narrados.
Dia
desses ouvi uma senhora centenária respondendo à pergunta qual era a comida de
que mais gostava. Ela, tão rapidamente, respondeu que era a de sua mãe. A
senhora acabara de completar 105 anos. Nem mesmo o tempo de mais de um século
fez que ela se esquecesse do carinho, do amor, do tempero afetuoso de sua mãe.
E sua resposta foi imediata e segura, pois essa comida estava envolvida pelos
melhores sentimentos e por isso continuava a preferida da senhora filha.
Ainda li
num dos relatos familiares publicados num jornal independente que um rapazinho
afirmava que um dos dias eternizados em seu coração fora quando passou por
determinada enfermidade e sua avó lhe fizera uma sopa e, no prato, desenhou com
os vários legumes picados, um lindo coração e lhe disse quanto o amava e que
sararia logo. Ele descreveu perfeitamente o olhar de sua avó naquele momento.
Incontáveis
são os relatos cujos acontecimentos são memoráveis e vêm com uma intensa
energia de emoção generosa.
Os
olhares que ternamente se encontram, a gentileza doada e recebida, o amparo
carinhoso, o abraço acolhedor, a paciência para ouvir um lamento, o sorriso
puro e tantos outros inesquecíveis momentos sem dia nem hora marcados trarão
sempre o amável sentimento.
E se nos
perguntarmos quais ocorrências se eternizaram em nós, acredito que nos
lembraremos dos fatos simples, mas que estarão vivos em razão de terem sido
intensamente amorosos e verdadeiros.
Independente
de tempo, apenas o que é bom se eternizará.
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