Um leitor pede-nos que
expliquemos o que são palavras proparoxítonas aparentes e como devem ser
graficamente acentuadas.
Proparoxítona (do grego proparoksútonos) é a palavra cujo acento
tônico recai na antepenúltima sílaba: acadêmico, amávamos, enérgico, ilíaco, lógica,
trôpego, úmero.
Proparoxítona aparente é como são
chamadas as proparoxítonas terminadas em -ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua,
-uo, entre outros. Elas são assim
chamadas porque, antes do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, firmado
em Lisboa em 12 de outubro de 1990, podiam ser consideradas paroxítonas ou
proparoxítonas. O citado Acordo, que está em vigor no Brasil desde 1º de
janeiro de 2009, considera-as proparoxítonas aparentes e como tal devem ser
acentuadas.
No tocante à acentuação gráfica,
nada mudou.
Exemplos de proparoxítonas
aparentes:
Álea
Amêndoa
Argênteo
Arrendatário
Barbárie
Cárie
Côdea
Enciclopédia
Espúrio
Etéreo
Eutanásia
Exígua
Exíguo
Gênio
Glória
História
Início
Islândia
Língua
Lírio
Mágoa
Mântua
Miséria
Náusea
Níveo
Nódoa
Prélio
Rádio
Régua
Resiliência
Série
Serôdio
Tênue
Vácuo.
Cabe aqui lembrar, a propósito do
tema, que existem palavras bastante conhecidas que, embora sejam paroxítonas,
são erradamente pronunciadas como proparoxítonas.
Eis algumas delas:
Avaro
(e não ávaro)
Filantropo
(e não filântropo)
Libido
(e não líbido)
Pudico
(e não púdico)
Recorde
(e não récorde)
Rubrica
(e não rúbrica).
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