André Luiz
Parte 5
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos
prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação
e Reação, publicada em 1957 pela
Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".
Eis as questões de hoje:
33. Como definir
o “bem” e o “mal”?
Eis a resposta dada pelo Ministro Sânzio: "O bem, meu
amigo, é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os
nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada, aos quais
devemos empenhar as conveniências de nosso exclusivismo, mas sem qualquer
constrangimento por parte de ordenações puramente humanas, que nos colocariam
em falsa posição no serviço, por atuarem de fora para dentro, gerando, muitas
vezes, em nosso cosmo interior, para nosso prejuízo, a indisciplina e a revolta".
"O bem será, desse modo – completou o Ministro –, nossa decidida
cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a
renunciação mais completa, visto não ignorarmos que, auxiliando a Lei do Senhor
e agindo de conformidade com ela, seremos por ela ajudados e sustentados no
campo dos valores imperecíveis. E o mal será sempre representado por aquela
triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e
na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinalam a permanência nas
linhas inferiores do espírito." (Ação
e Reação, citada, cap. 7, pp. 89 a 92.)
34. O chamado
determinismo aplica-se aos seres humanos?
Até certo ponto, sim. Segundo o Ministro Sânzio, nas esferas
primárias da evolução, o determinismo pode ser considerado irresistível. É o
mineral obedecendo a leis invariáveis de coesão e o vegetal respondendo, fiel,
aos princípios organogênicos. Mas, na consciência humana, a razão e a vontade,
o conhecimento e o discernimento entram em função nas forças do destino,
conferindo ao Espírito as responsabilidades naturais que deve possuir sobre si
mesmo. Em face disso, embora nos reconheçamos subordinados aos efeitos de
nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de
nós, dentro desse determinismo relativo, decorrente de nossa própria conduta,
pode significar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em
nossa condição de almas endividadas perante a Lei. (Obra citada, cap. 7, pp. 92
e 93.)
35. Pode alguém,
por algum meio, escapar à justiça divina?
Não. "Da justiça – diz Sânzio – ninguém fugirá, mesmo
porque a nossa consciência, em acordando para a santidade da vida, aspira a
resgatar dignamente todos os débitos de que se onerou perante a Bondade de
Deus; entretanto, o Amor Infinito do Pai Celeste brilha em todos os processos
de reajuste.” Em vista disso, se claudicamos nessa ou naquela experiência
indispensável à conquista da luz, é necessário nos adaptemos à justa
recapitulação das experiências frustradas, utilizando os patrimônios do tempo.
(Obra citada, cap. 7, pp. 92 e 93.)
36. Como nasce e
se nutre a tentação ao suicídio com relação a uma pessoa que no passado se
suicidou?
Referindo-se ao assunto, o Ministro Sânzio formulou o
seguinte exemplo: "Figuremos um homem acovardado diante da luta,
perpetrando o suicídio aos quarenta anos de idade no corpo físico. Esse homem
penetra no mundo espiritual sofrendo as consequências imediatas do gesto
infeliz, gastando tempo mais ou menos longo, segundo as atenuantes e agravantes
de sua deserção, para recompor as células do veículo perispirítico, e, logo que
oportuno, quando torna a merecer o prêmio de um corpo carnal na Esfera Humana,
dentre as provas que repetirá, naturalmente se inclui a extrema tentação ao
suicídio na idade precisa em que abandonou a posição de trabalho que lhe cabia,
porque as imagens destrutivas, que arquivou em sua mente, se desdobrarão,
diante dele, através do fenômeno a que podemos chamar circunstâncias reflexas, dando azo a recônditos desequilíbrios emocionais
que o situarão, logicamente, em contacto com as forças desequilibradas que se
lhe ajustam ao temporário modo de ser". "Se esse homem não houver
amealhado recursos educativos e renovadores em si mesmo, pela prática da
fraternidade e do estudo, de modo a superar a crise inevitável, muito
dificilmente escapará ao suicídio, de novo, porque as tentações, não obstante
reforçadas por fora de nós, começam em nós e alimentam-se de nós mesmos." (Obra
citada, capítulo 7, pp. 93 a 95.)
37. Quando um
Espírito tem acesso à lembrança do seu passado?
De forma resumida, Sânzio diz que à medida que nos demoramos
na organização perispirítica, no fiel cumprimento de nossas obrigações para com
a Lei, mais se nos dilata o poder mnemônico. Avançando em lucidez, abarcamos
mais amplos domínios da memória. Assim é que, depois de largos anos em serviço
nas zonas espirituais da Terra, entramos espontaneamente na faixa de recordações
menos felizes, identificando novas extensões de nosso carma. Embora sejamos
reconhecidos à benevolência dos Instrutores e Amigos que nos perdoam o passado
menos digno, jamais condescendemos com nossas próprias fraquezas e, por isso,
vemo-nos impelidos a solicitar das autoridades superiores novas reencarnações
difíceis e proveitosas, que nos reeduquem ou nos aproximem da redenção
necessária. (Obra citada, cap. 7, pp. 95 a 97.)
38. A avareza, a
sovinice, o apego ao dinheiro podem atrair Espíritos que intensifiquem ainda
mais esse apego?
Sim. Foi o que ocorreu com Luís, filho de Antônio Olímpio.
Afinado aos sentimentos do pai e apegando-se aos lucros materiais exagerados,
sofria ele tremenda obsessão no próprio lar. Ele enamorara-se do ouro com
extremada volúpia e submetia a esposa e os dois filhinhos às mais duras
necessidades, receoso de perder seus haveres. Além disso, Clarindo e Leonel,
não satisfeitos em lhe seviciarem a mente, conduziam para a fazenda usurários e
tiranos rurais desencarnados, para lhe agravarem a sovinice. (Obra citada, cap.
8, pp. 99 e 100.)
39. O sono é
necessário no processo de restauração de Espíritos enfermos?
Evidentemente. Por isso é ele largamente usado pelos
benfeitores espirituais. No caso Antônio Olímpio, graças à prece de Alzira, sua
antiga esposa, viu-se que ele despertou, mas foi logo levado ao sono induzido.
Silas explicou: "A oração trouxe-lhe imenso bem, mas não lhe convém o
despertamento senão gradativo. O sono natural e reparador ainda é uma
necessidade em sua restauração positiva". (Obra citada, cap. 8, pp. 103 e
104.)
40. Há
indivíduos que mesmo estando desencarnados continuam apegados ao dinheiro?
Sim. O caso de Luís, filho de Antônio Olímpio e Alzira,
constitui exemplo disso. Em sua residência, atraídos por seus tios Clarindo e Leonel,
diversos desencarnados de horripilante aspecto iam e vinham, através dos
corredores extensos, conversando, aloucados, como se estivessem falando para
dentro de si próprios. E o ouro constituía o assunto fundamental de todos os
solilóquios que se entrechocavam sem nexo. (Obra citada, cap. 8, pp. 105 e
106.)
Observação:
Para acessar a Parte 4 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/06/blog-post_02.html
Como consultar as matérias deste
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