Ação e Reação
André Luiz
Parte 4
Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.
Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos
prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação
e Reação, publicada em 1957 pela
Federação Espírita Brasileira.
Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do
livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND
e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".
Eis as questões de hoje:
25. Até quando
os internos na casa cuidada por Orzil ali ficariam?
Aqueles enfermos permaneceriam presos ali até se renovarem.
Silas explicou: "O problema é de natureza mental. Modifiquem as próprias
ideias e modificar-se-ão". "Isso, porém, não é tão fácil.
Consagram-se vocês, presentemente, a estudos especiais dos princípios de causa
e efeito. Fiquem pois sabendo que nossas criações mentais preponderam
fatalmente em nossa vida. Libertam-nos quando se enraízam no bem que sintetiza
as Leis Divinas, e encarceram-nos quando se firmam no mal, que nos expressa a
delinquência responsável, enleando-nos por essa razão ao visco sutil da culpa.”
(Ação e Reação, cap. 5, pp. 69 a 71.)
26. Que
diferença existe, quanto aos seus efeitos, entre o bem e o mal?
Como foi dito anteriormente, nossas criações mentais
libertam-nos quando se enraízam no bem que sintetiza as Leis Divinas, e
encarceram-nos quando se firmam no mal. Depois de dizer tais palavras, Silas
lembrou que o pensamento, atuando à feição de onda, possui velocidade muito
superior à da luz e que toda mente é dínamo gerador de força criativa.
"Ora, sabendo que o bem é expansão da luz e que o mal é condensação da
sombra – asseverou o Assistente –, quando nos transviamos na crueldade para com
os outros, nossos pensamentos, ondas de energia sutil, de passagem pelos
lugares e criaturas, situações e coisas que nos afetam a memória, agem e reagem
sobre si mesmos, em circuito fechado, e trazem-nos, assim, de volta, as
sensações desagradáveis, hauridas ao contacto de nossas obras inferiores."
Na sequência, Silas disse que todos estamos ligados uns aos outros, na carne e
fora da carne, e achamo-nos livres ou prisioneiros, no campo da experiência,
segundo as nossas obras, através dos vínculos de nossa vida mental. "O bem
é a luz que liberta, o mal é a treva que aprisiona... Estudando as leis do
destino, é preciso atentar para semelhantes realidades indefectíveis e
eternas." (Obra citada, cap. 5, pp. 69 a 71.)
27. As regiões
espirituais menos elevadas proporcionam ao Espírito oportunidades de crescimento?
Sim. Segundo Silas, mesmo nas chamadas zonas infernais
dispomos de preciosas oportunidades de trabalho, não apenas vencendo as
aflições purgatoriais que estabelecemos em nós mesmos, mas preparando novos
caminhos para o céu interior que devemos edificar. O trabalho no bem é
importante sempre, não importa o lugar. (Obra citada, cap. 6, pp. 75 e 76.)
28. Como é
mostrado nesta obra, o Ministro Sânzio materializou-se na Mansão. Qual era o
objetivo de sua vinda àquela instituição socorrista?
Investido nas funções de Ministro da Regeneração, tinha ele
tinha grandes poderes sobre aquela casa de reajuste, com o direito de apoiar ou
determinar qualquer medida, referente à obra assistencial, em benefício dos
sofredores, podendo homologar e ordenar providências de segregação e justiça,
reencarnação e banimento. Foi para isso que ele ali se encontrava. (Obra
citada, cap. 6, pp. 78 e 79.)
29. Que solução
foi dada ao caso Antônio Olímpio?
O Ministro Sânzio aprovou a solução proposta, que deveria contar
com o apoio de Alzira, ex-esposa de Antônio Olímpio. Este retornaria à carne no
lar do próprio filho e, mais tarde, ela se consorciaria novamente com ele para
receber nos braços Clarindo e Leonel por filhos do coração, aos quais Antônio
Olímpio restituiria, desse modo, a existência terrestre e os haveres. Um
sorriso de ventura brilhou no semblante de Alzira, conquanto tenha ela denotado
algum temor. Ciente disso, Sânzio lhe disse: "Não desfaleças. Serás
sustentada por esta Mansão, em todos os teus contatos com os nossos amigos
fixados na vingança e atenderemos pessoalmente a todos os assuntos que se
refiram à transferência de tuas atividades para este sítio, perante as
autoridades a que te subordinas. Nossos irmãos infortunados não estarão
insensíveis aos teus rogos... Sofreste-lhes impiedosos golpes nos derradeiros
dias de tua permanência no mundo e a humildade dos que sofrem é fator essencial
na renovação dos que fazem sofrer..." (Obra citada, cap. 6, pp. 81 a 83.)
30. Existe
alguma criatura que possa com razão considerar-se esquecida pelo Senhor da
vida?
Não. O Ministro Sânzio, ao dizer a André e Hilário que
também estudava a questão da dor e sua função na vida humana, esclareceu: “Sou
funcionário humilde dos abismos. Trago comigo a penúria e a desolação de
muitos. Conheço irmãos nossos, portadores do estigma de padecimentos atrozes,
que se encontram animalizados, há séculos, nos despenhadeiros infernais; entretanto,
cruzando as trevas densas, embora o enigma da dor me dilacere o coração, nunca
surpreendi criatura alguma esquecida pela Divina Bondade". (Obra citada,
cap. 6 e 7, pp. 83 a 86.)
31. Que
significa a palavra “carma”?
Expressão vulgarizada entre os hindus, carma, que em
sânscrito quer dizer ação, compreende causa e efeito, uma vez que toda ação ou
movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós, expressa a conta de
cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam respeito.
Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo
individualidades, mas também povos e raças, estados e instituições. (Obra
citada, cap. 7, pp. 86 e 87.)
32. É certo
dizer que nós somos simples usufrutuários dos bens que possuímos?
Sim. Todos os valores da vida, desde as mais remotas
constelações à mais ínfima partícula subatômica, pertencem a Deus. Patrimônios
materiais e riquezas da inteligência, processos e veículos de manifestação,
tempo e forma, afeições e rótulos honoríficos de qualquer procedência são de
propriedade do Todo-Misericordioso, que no-los concede a título precário, a fim
de que venhamos a utilizá-los no aprimoramento de nós mesmos, marchando nas
largas linhas da experiência, de modo a entrarmos na posse definitiva dos
valores eternos, sintetizados no Amor e na Sabedoria com que, em futuro remoto,
Lhe retrataremos a Glória Soberana. (Obra citada, cap. 7, pp. 87 a 89.)
Observação:
Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana
passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/05/blog-post_26.html
Como consultar as matérias deste
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