quarta-feira, 2 de junho de 2021

 


Ação e Reação

 

André Luiz

 

Parte 4

 

Estamos publicando neste espaço – sob a forma dialogada – o estudo de onze livros de André Luiz, psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier, integrantes da chamada Série Nosso Lar.

Concluído o estudo dos oito primeiros livros da Série, damos prosseguimento ao estudo da nona obra: Ação e Reação, publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.

Caso o leitor queira ter em mãos o texto consolidado do livro, para acompanhar, pari passu, o presente estudo, sugerimos que clique em http://www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas/principal.html#AND e, em seguida, no verbete “Ação e Reação".

Eis as questões de hoje:

 

25. Até quando os internos na casa cuidada por Orzil ali ficariam?

Aqueles enfermos permaneceriam presos ali até se renovarem. Silas explicou: "O problema é de natureza mental. Modifiquem as próprias ideias e modificar-se-ão". "Isso, porém, não é tão fácil. Consagram-se vocês, presentemente, a estudos especiais dos princípios de causa e efeito. Fiquem pois sabendo que nossas criações mentais preponderam fatalmente em nossa vida. Libertam-nos quando se enraízam no bem que sintetiza as Leis Divinas, e encarceram-nos quando se firmam no mal, que nos expressa a delinquência responsável, enleando-nos por essa razão ao visco sutil da culpa.” (Ação e Reação, cap. 5, pp. 69 a 71.)

26. Que diferença existe, quanto aos seus efeitos, entre o bem e o mal?

Como foi dito anteriormente, nossas criações mentais libertam-nos quando se enraízam no bem que sintetiza as Leis Divinas, e encarceram-nos quando se firmam no mal. Depois de dizer tais palavras, Silas lembrou que o pensamento, atuando à feição de onda, possui velocidade muito superior à da luz e que toda mente é dínamo gerador de força criativa. "Ora, sabendo que o bem é expansão da luz e que o mal é condensação da sombra – asseverou o Assistente –, quando nos transviamos na crueldade para com os outros, nossos pensamentos, ondas de energia sutil, de passagem pelos lugares e criaturas, situações e coisas que nos afetam a memória, agem e reagem sobre si mesmos, em circuito fechado, e trazem-nos, assim, de volta, as sensações desagradáveis, hauridas ao contacto de nossas obras inferiores." Na sequência, Silas disse que todos estamos ligados uns aos outros, na carne e fora da carne, e achamo-nos livres ou prisioneiros, no campo da experiência, segundo as nossas obras, através dos vínculos de nossa vida mental. "O bem é a luz que liberta, o mal é a treva que aprisiona... Estudando as leis do destino, é preciso atentar para semelhantes realidades indefectíveis e eternas." (Obra citada, cap. 5, pp. 69 a 71.)

27. As regiões espirituais menos elevadas proporcionam ao Espírito oportunidades de crescimento?

Sim. Segundo Silas, mesmo nas chamadas zonas infernais dispomos de preciosas oportunidades de trabalho, não apenas vencendo as aflições purgatoriais que estabelecemos em nós mesmos, mas preparando novos caminhos para o céu interior que devemos edificar. O trabalho no bem é importante sempre, não importa o lugar. (Obra citada, cap. 6, pp. 75 e 76.)

28. Como é mostrado nesta obra, o Ministro Sânzio materializou-se na Mansão. Qual era o objetivo de sua vinda àquela instituição socorrista?

Investido nas funções de Ministro da Regeneração, tinha ele tinha grandes poderes sobre aquela casa de reajuste, com o direito de apoiar ou determinar qualquer medida, referente à obra assistencial, em benefício dos sofredores, podendo homologar e ordenar providências de segregação e justiça, reencarnação e banimento. Foi para isso que ele ali se encontrava. (Obra citada, cap. 6, pp. 78 e 79.)

29. Que solução foi dada ao caso Antônio Olímpio?

O Ministro Sânzio aprovou a solução proposta, que deveria contar com o apoio de Alzira, ex-esposa de Antônio Olímpio. Este retornaria à carne no lar do próprio filho e, mais tarde, ela se consorciaria novamente com ele para receber nos braços Clarindo e Leonel por filhos do coração, aos quais Antônio Olímpio restituiria, desse modo, a existência terrestre e os haveres. Um sorriso de ventura brilhou no semblante de Alzira, conquanto tenha ela denotado algum temor. Ciente disso, Sânzio lhe disse: "Não desfaleças. Serás sustentada por esta Mansão, em todos os teus contatos com os nossos amigos fixados na vingança e atenderemos pessoalmente a todos os assuntos que se refiram à transferência de tuas atividades para este sítio, perante as autoridades a que te subordinas. Nossos irmãos infortunados não estarão insensíveis aos teus rogos... Sofreste-lhes impiedosos golpes nos derradeiros dias de tua permanência no mundo e a humildade dos que sofrem é fator essencial na renovação dos que fazem sofrer..." (Obra citada, cap. 6, pp. 81 a 83.)

30. Existe alguma criatura que possa com razão considerar-se esquecida pelo Senhor da vida?

Não. O Ministro Sânzio, ao dizer a André e Hilário que também estudava a questão da dor e sua função na vida humana, esclareceu: “Sou funcionário humilde dos abismos. Trago comigo a penúria e a desolação de muitos. Conheço irmãos nossos, portadores do estigma de padecimentos atrozes, que se encontram animalizados, há séculos, nos despenhadeiros infernais; entretanto, cruzando as trevas densas, embora o enigma da dor me dilacere o coração, nunca surpreendi criatura alguma esquecida pela Divina Bondade". (Obra citada, cap. 6 e 7, pp. 83 a 86.)

31. Que significa a palavra “carma”?

Expressão vulgarizada entre os hindus, carma, que em sânscrito quer dizer ação, compreende causa e efeito, uma vez que toda ação ou movimento deriva de causa ou impulsos anteriores. Para nós, expressa a conta de cada um, englobando os créditos e os débitos que, em particular, nos digam respeito. Por isso mesmo, há conta dessa natureza, não apenas catalogando e definindo individualidades, mas também povos e raças, estados e instituições. (Obra citada, cap. 7, pp. 86 e 87.)

32. É certo dizer que nós somos simples usufrutuários dos bens que possuímos?

Sim. Todos os valores da vida, desde as mais remotas constelações à mais ínfima partícula subatômica, pertencem a Deus. Patrimônios materiais e riquezas da inteligência, processos e veículos de manifestação, tempo e forma, afeições e rótulos honoríficos de qualquer procedência são de propriedade do Todo-Misericordioso, que no-los concede a título precário, a fim de que venhamos a utilizá-los no aprimoramento de nós mesmos, marchando nas largas linhas da experiência, de modo a entrarmos na posse definitiva dos valores eternos, sintetizados no Amor e na Sabedoria com que, em futuro remoto, Lhe retrataremos a Glória Soberana. (Obra citada, cap. 7, pp. 87 a 89.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 3 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2021/05/blog-post_26.html

 

 

 

  

 

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