Ação preventiva espiritual e psiquiátrica...
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília, DF
Hoje, proponho ações preventivas de atos decorrentes de obsessões
e psicopatias, o que não é teu caso, embora não baste ser meu leitor para estar
bem...
Vamos lá!
— Que é obsessão? Perguntas-me.
— É a ação dominante dum Espírito inferior sobre outra
pessoa.
— Quais são as causas dessa ação? Questionas-me.
— Em geral, ódio e vingança, mas pode dar-se por afinidade
espiritual na ação do mal.
— Como se classificam as obsessões? Indaga-me também Sua
Excelência, a amiga a teu lado, que é juíza de direito.
— Simples, fascinação, subjugação e possessão...
— Elas acontecem individualmente, mas também podem ocorrer com
multidões, como no caso da condenação de Jesus Cristo, não é mesmo, amigo Jó?
— Sim, Excelência. Podemos deparar-nos com epidemias
avassaladoras, não somente num país, como em várias nações. São as obsessões
coletivas, sempre presentes em nosso mundo de expiações e provas.
O Espírito Manoel Philomeno de Miranda, no capítulo 16 da
obra intitulada Mediunidade: desafios e bênçãos, psicografada pelo
médium Divaldo Pereira Franco, esclarece-nos sobre as “hordas bárbaras” que, no
passado e no presente, espalham o crime e o terror por toda a parte. Como
exemplo, tivemos hoje a notícia sobre uma onda de ataques no estado do Rio
Grande do Norte, com incêndios e depredações a prédios públicos, comerciais e
carros em oito cidades. Moradores, servidores públicos e proprietários ficaram
em pânico.
As autoridades locais já esperavam por isso, segundo uma
jornalista, pois “criminosos obtiveram uma série de concessões” (sic). O fato
real é que as injustiças sociais sempre causaram revoltas em parcelas da população,
que, por sua vez, atraem os revoltosos do Além. Daí, segundo ainda Philomeno de
Miranda, as loucuras surgem, repentinamente, nos mais diversos grupos sociais,
por Espíritos que “tomam conta de massas infrenes”.
Notícias que já perduram um ano tratam sobre invasão dum
país a outro, destruindo a vida de milhares de soldados de ambas as nações e
suas famílias, bem como os lares de milhões de cidadãos, que perderam seus
imóveis e outros bens, além de precisarem fugir de seu próprio país. Observando
isso, há muito tempo reflito em como algumas pessoas insanas, lideradas por um
psicopata, conseguem causar um prejuízo irreparável a milhões de pessoas. Eis que, em meu apoio, leio a seguinte frase de
Miranda: “Muitas vezes consideradas como ônus que a sociedade paga ao progresso
— guerras, decadência ético-moral, perversão social e política, alienações —
ainda não receberam conveniente análise e combate dos organismos da saúde
mental ou das entidades encarregadas do equilíbrio social”.
Ou seja, os principais causadores de todas essas “epidemias
ético-morais”, psicopatas e obsidiados que atuam publicamente sob
a influência coletiva de Espíritos obsessores, antes de colocarem em prática
seus planos monstruosos, deveriam ser avaliados por equipes previamente instituídas
de médiuns, psiquiatras e psicólogos. Comprovada a alienação mental, a
instituição médica legal deveria encaminhá-los a tratamento mediúnico,
psicanalítico e psiquiátrico e, preventivamente, trocá-los de suas funções.
— E se nada for constatado? Pergunta Sua Excelência.
— Que sejam também
trocados, sem violência, mas com amor, de suas atividades, pois não é justo que
cem ou mil destruam a vida de milhões. Haja vista que “violência gera
violência”. É isso mesmo, noutras palavras, que, de início, propõe Miranda:
“[...] nesses seres, ainda predominam as paixões primárias decorrentes dos instintos
inferiores, neles não luz o amor, que seria para o seu estado de evolução a
terapia preventiva possuidora do recurso próprio para preservá-los dos sentimentos
perversos em que se entorpecem”.
O conhecimento de obras como a supracitada, O Livro dos
Médiuns, de Allan Kardec, e diversas outras obras, decorrentes da revelação
espírita, muito ajudariam a entender o que ocorre, em nosso mundo, em virtude
do atraso espiritual de grande número de pessoas que assumem o poder e da
ignorância dos que as apoiam. Por isso, diz Kardec: “Dize-me o que pensas e dir-te-ei
em que companhia espiritual estás”. Não somente o desequilíbrio mental da
coletividade atrasada é pandêmico. É preciso atentar também para a influência
dos maus Espíritos sobre ela.
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