CINCO-MARIAS
EUGÊNIA PICKINA
eugeniapickina@gmail.com
A criança que brinca e o poeta que faz um poema
Estão ambos na mesma
idade mágica! Mario Quintana
É normal que as
crianças tenham medo às vezes. O medo é uma emoção básica, que participa
naturalmente da existência, e na infância ensina à criança a ser prudente. O
diferente, o novo, pode gerar medo a princípio. Os pais, então, vão exercitar o
papel de orientar os filhos a aprenderem a se sentirem seguros e cômodos em
frente de situações que lhes causem medo.
Obviamente, as coisas
que assustam as crianças se alteram à medida que elas crescem. Alguns medos são
frequentes e normais em determinadas idades.
Os bebês sentem
ansiedade quando se deparam com pessoas desconhecidas. Quando eles têm entre 8
e 9 meses de idade, são capazes de reconhecer os rostos das pessoas com quem
convivem no dia a dia. Por isso, as feições estranhas podem provocar medo e
assim eles choram reivindicando a presença dos pais para se sentirem protegidos
e seguros.
Os bebês mais velhos
e as crianças de até 3 anos sentem a ansiedade da separação. Não querem, em
consequência, que seus pais as deixem na escolinha ou sozinhas na cama na hora
de dormir.
As crianças pequenas
têm medo de coisas irreais. As de 4 a 6 anos usam a imaginação e sabem simular
coisas, costumam fantasiar. Mas nem sempre são capazes de diferenciar o real do
irreal. Sentem medo do que pode haver debaixo da cama, por exemplo. Medo do
escuro, medo da hora de dormir. Alguns têm pesadelos. As crianças pequenas
podem temer os trovões, os fogos de artifícios.
As crianças mais
velhas têm medo dos perigos da vida real. Aos 7 anos ou mais, algumas crianças
passam a ter medo dos desastres naturais ou, ainda, de que alguém querido possa
vir a morrer. Podem ter medo em razão das demandas escolares – apresentação de
trabalhos, provas. Mudança de escola pode gerar muita ansiedade também.
Os pré-adolescentes e
os adolescentes, por sua vez, podem ter medos sociais – o aspecto físico, a
relação de pertencimento ou não com o grupo. Mudar de escola ou participar de
uma feira de ciências, por exemplo, podem gerar ansiedade, angústia.
Como posso ajudar meu
filho quando sinta medo?
Quando seu filho
sinta medo, pode ajudá-lo fazendo o seguinte: Tranquilize seu bebê ou seu filho
pequeno dizendo-lhe: “Tudo está bem. Está seguro, estou aqui, ao seu lado.”
Abrace-o e lhe diga palavras tranquilizadoras para ajudá-lo a sentir-se
protegido e seguro.
À medida que seu
filho cresça, fale com ele e o escute também. Ajude seu filho a pôr seus
sentimentos em palavras. Estimule seu filho a provar coisas novas e a fazer
coisas diferentes.
Ajude seu bebê a
acostumar-se com uma pessoa nova enquanto você o abraça e lhe permite sentir-se
seguro.
Deixe que seu filho
de 1 a 3 anos de idade se separe de você durante breves períodos de tempo ao
princípio. Quando necessite separar-se dele, diga a ele que voltará, abrace-o,
dê um sorriso e saia. Permita que seu filho aprenda que você sempre volta.
Se seu filho pequeno
tem medo do escuro, desenvolva uma rotina tranquilizadora para a hora de
dormir. Leia para ele ou cante uma música. Permita que seu filho se sinta
seguro e querido.
Ajude seu filho a
afrontar seus medos gradativamente. Por exemplo, comprovem os dois juntos que
não há um monstro feio e verde debaixo da sua cama. Com sua presença e apoio,
deixe que seu filho veja por si mesmo que não há nada para temer. Estimule-o a
sentir-se corajoso e destemido.
Limite as imagens, os
filmes e os programas infantis que assustam. Estas coisas apenas alimentam
vorazmente seus medos.
Ajude as crianças e
os adolescentes a aprender a se prepararem para os desafios, como os trabalhos
escolares e as provas. Faça seu filho saber que você confia nele.
Os medos existem,
estão conosco dia a dia. O importante é desde cedo a pessoa aprender a seguir
em frente, e com coragem, apesar das situações adversas que nos desafiam.
Notinha
A maioria das
crianças consegue encarar seus medos normais com o apoio dos pais. Conforme vão
crescendo, vão superando os medos que tinham quando eram menores. De outro
lado, há crianças que sofrem muito para vencer seus medos.
Se os medos são muito
intensos ou impedem seu filho de levar uma vida normal, é importante consultar um
médico/pediatra. A terapia floral ajuda a criança a vencer os medos também.
*
Eugênia
Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia
Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros
infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência
ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).
Especialista
em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra
cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São
Paulo e no Paraná, onde vive.
Seu
contato no Instagram é @eugeniapickina
Como consultar as matérias deste
blog? Se você não o conhece, clique em Espiritismo Século XXI e verá como utilizá-lo e seus vários recursos. |
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