JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
Em excelente artigo
de cinco páginas da revista Reformador do mês de outubro de 2023, Wesley
Caldeira trata sobre a obsessão no lar, título de seu texto. Esse autor
começa dizendo que nossas experiências de evolução são mais bem apreciadas na
convivência familiar, cujo planejamento é feito por nós, geralmente, ainda no
mundo espiritual. É o que lemos nas obras da coleção ditada pelo Espírito André
Luiz a Chico Xavier, intitulada pela Federação Espírita Brasileira de “A vida
no mundo espiritual”, que se inicia com o livro Nosso Lar, cuja história
já foi retratada em filme cinematográfico de grande beleza, e termina com a
obra E a vida continua...
Esse planejamento é
supervisionado pelos espíritos amigos. Pode ter por objetivo, segundo Caldeira,
“(re)construir vínculos afetivos ou fortalecê-los, por meio das ligações de
aprendizado, trabalho e amor que o lar terrestre promove”.
Quando Jesus se
refere a si como causa futura de dissenções familiares, segundo Mateus,
10:36, certamente está-se referindo aos diferentes estados espirituais de cada
membro da família. Caldeira lembra que, ao se referir aos que estão no mesmo
lar, Jesus também abrange os desencarnados que exercem ali suas influências.
Isso nos faz lembrar a questão d’O Livro dos Espíritos em que somos
influenciados pelos espíritos todo o tempo.
O “ressentimento”,
lembra o articulista citado, é aproveitado pelos obsessores para levar a
cizânia aos familiares em conflitos diversos, tanto espirituais quanto
materiais. É a ofensa que não é esquecida. São as discórdias de opinião que
levam aos melindres pelo orgulho ferido. É a infidelidade, causada por fraqueza
moral. Tudo isso e muito mais é aproveitado pelas entidades obsessoras
desencarnadas ou mesmo encarnadas, pois a obsessão pode dar-se de espírito
sobre encarnado e também de encarnado sobre encarnado.
Dos ressentimentos ao
ódio vai apenas mais um passo. As contendas podem gerar o rancor e a raiva. Daí
surgir o rompimento das relações. Explica Caldeira: “Ao invés do exame
tranquilo da ocorrência, a ausência de qualidades morais melhores permite ao
orgulho exaltar o instinto de predominância do mais forte”.
O articulista
prossegue informando sobre todos os defeitos pessoais explorados pelos inimigos
invisíveis, cujo início ocorre pelo ressentimento. Na última página de seu
artigo, esclarece: “Aprender a analisar a existência e a família à luz das Leis
Divinas, notadamente a Lei de Reencarnação e a Lei do Progresso, facilita
imensamente a tarefa da remoção do alicerce do orgulho”. Em seguida, diz que a
lei básica para o socorro interno, que se contrapõe ao orgulho derivado do
conhecimento como auxílio externo, é a Lei do Amor.
Nesse sentido, o
Espiritismo, explicando-nos de onde viemos, o que fazemos na Terra e o porquê
de nossas provas e expiações, desde o meio familiar, dá-nos um sentido para
tudo o que ocorre conosco e proporciona-nos a diretriz para a reconciliação com
os que, no passado, foram nossos adversários. Esse é o roteiro para uma vida
familiar feliz.
Reflitamos nisso.
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Século XXI e verá como utilizá-lo e seus vários recursos. |
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