JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
O Espírito Emmanuel ditou a Chico Xavier a mensagem
intitulada Em nossas tarefas, que exprime o comportamento de muita
gente. Ele aconselha-nos a não ambicionar altas conquistas sem o merecimento do
esforço próprio.
Muitas pessoas sobem na vida, mas nos ombros alheios. Querem
os altos postos: coordenadores, diretores, chefes... Adoram mandar e quase nada
fazem por iniciativa própria. Para elas, quanto mais criaturas humanas
estiverem a seu serviço, mais facilmente conquistarão seus objetivos de riqueza
e de poder.
Se ingressam em alguma instituição religiosa, em pouco tempo já desejam ser coroadas como santas. Se convidadas a exercerem atividades espirituais, desejam logo realizações que demandam esforço em longo tempo. Então, lembra-nos o ex-guia espiritual de Chico Xavier, Emmanuel, alguns fenômenos da natureza que nos servem à reflexão:
a) a passagem de frágil arbusto antes de tornar-se árvore frutífera;
b) a formação da catarata desde os fios d’água de seu
nascedouro;
c) os materiais utilizados na edificação da casa: picareta, tijolos, pedra...
Em vista do exposto, conclui Emmanuel que precisamos de humildade e perseverança, para que o projeto de realização futura do nosso ideal seja bem sucedido. Por isso, conclui pela sabedoria das palavras de Paulo, quando este recomenda aos romanos não ambicionar coisas altas, porém agir, nas pequeninas, com humildade, segundo lemos em Romanos, 12:16.
Como demonstração de que a subida para
o alto é árdua, mas luminosa para os que escalam a montanha da abnegação e do
devotamento, sem esperar recompensas de nenhuma espécie no mundo físico, concluo
com este soneto de Cruz e Sousa, intitulado Se queres:
Se queres a ventura doce, etérea,
De outro mundo de luz, indefinido,
Serás, na Terra o filho incompreendido
Do Tormento casado com a Miséria.
Viverás na mansão triste, funérea,
Do Soluço, do Pranto, do Gemido;
Dos prazeres mundanos esquecido,
Outro Job pelas chagas da matéria.
Serás em toda a Terra o feio aborto
Das amarguras e do desconforto,
Encarcerado nas sinistras grades;
Mas um dia abrirás as portas de ouro
E encontrarás o fúlgido tesouro
De benditas e eternas claridades.
Sousa, Cruz. In: Parnaso de
Além-Túmulo. Psicografado por Chico Xavier.
Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com
Como
consultar as matérias deste blog? Se você não o conhece, clique em Espiritismo
Século XXI e verá como utilizá-lo e seus vários recursos. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário