quinta-feira, 12 de outubro de 2023

 



CINCO-MARIAS

 

Obesidade infantil: má alimentação e sedentarismo

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com


A verdadeira educação é aquela que vai ao encontro da criança para realizar a sua libertação
. Maria Montessori

 

No Brasil, um dos efeitos da pandemia da Covid-19 foi o aumento da obesidade infantil.

A alta da obesidade se justifica pela má qualidade da alimentação. A permanência de pessoas em casa levou à redução de alimentos frescos e saudáveis. Por isso, em muitas casas, as crianças estiveram dia a dia comendo muito sal, muito açúcar, gorduras saturadas e, entre as famílias que vivem com crianças e adolescentes, ocorreu um maior consumo de alimentos processados e ultraprocessados, refrigerantes e fast food.

Em sociedades predominantemente urbanas como a brasileira, é preciso levar a sério a educação alimentar da criança. O distanciamento da natureza, a redução das áreas naturais, a qualidade dos espaços ao ar livre estão também contribuindo com a obesidade infantil. Isso porque um estilo de vida mais sedentário – quadro que foi intensificado pelo confinamento em razão da pandemia – tem como efeitos a obesidade, o que prejudica o desenvolvimento integral da criança.

A obesidade em crianças compromete as gerações futuras, pois crianças obesas têm maior probabilidade de desenvolver doenças crônicas – como doenças cardíacas e diabetes. Além disso, as consequências da obesidade infantil têm implicações de caráter tanto metabólico quanto psicológico e comportamental – crianças obesas, por exemplo, estão mais sujeitas ao bullying na escola e à depressão. Não é exagero dizer então que os pais/responsáveis devem prestar atenção à alimentação da criança, oferecendo a ela “comida de verdade”.

A obesidade só pode ser combatida com mudanças no estilo de vida. Os adultos precisam comprometer-se a apoiar os filhos, cientes da necessidade cotidiana de conectá-los a uma alimentação saudável. Ainda contra o sedentarismo, é essencial que as crianças tenham contato com a natureza para que brinquem e façam atividades físicas.

 

Notinhas

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma criança é sedentária se fizer menos de 60 minutos de atividade física por dia. Estudos a esse respeito indicam que a maioria das crianças ocidentais não alcança essa cota de atividade diária. O pior é que geralmente o sedentarismo em crianças é acompanhado por uma alimentação inadequada, gerando as condições ideais para a obesidade infantil. São consequências do sedentarismo infantil: sobrepeso e obesidade; estagnação do desenvolvimento psicossocial; desenvolvimento de comportamentos viciantes – as novas tecnologias têm um efeito viciante, principalmente em mentes imaturas, como as crianças.

Para as crianças e os adultos: nada de eletrônicos na hora da comida. É importante a criança aprender a desfrutar das refeições à mesa. Deixe o doce, os alimentos processados, para as situações que escapam à rotina – um final de semana, uma viagem etc. E, ainda, em casa, vale muito a pena ter uma hortinha, seja ela em vasos ou no quintal.


 
*

 

Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 

 

 


 

 

Como consultar as matérias deste blog? Se você não o conhece, clique em Espiritismo Século XXI e verá como utilizá-lo e seus vários recursos.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário