Trabalha, luta, ora e o céu estará em
ti
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com
Como sabemos, foi a partir daí que Saulo se
converteu às ideias do Cristo e de perseguidor se transformou no grande
Apóstolo do Cristianismo.
Aparecer a Saulo constituiu ou não um privilégio?
Não, claro que não.
É preciso saber primeiro quem era Saulo – mais tarde
conhecido como Paulo – e, para isso, seria importante a leitura do livro Paulo
e Estêvão, de Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Em segundo lugar, meditemos na informação contida
nos versículos 10 a 17 do cap. 9 de Atos dos Apóstolos. Segundo Atos,
Jesus disse a Ananias, referindo-se a Saulo: “Vai, porque este é para mim um
vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos
filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome”.
Saulo já era, portanto, a pessoa talhada para a
tarefa e que, como ocorre com muitos de nós, não se dera conta até então do
trabalho a realizar.
Agostinho – que no futuro seria conhecido como Santo
Agostinho – também só despertou mais tarde para a missão que lhe estava
reservada. Mas tanto Agostinho quanto Saulo traziam um preparo adquirido em
existências anteriores e não constituem, em hipótese nenhuma, exemplos de
privilégio, fato que não ocorre na obra da Criação, visto que, como ensina o
Espiritismo, Deus fez do homem o artífice de seu próprio destino. Eis por que o
caminho que conduz ao bem requer esforço seguido e trabalho constante, completa
vigilância e atenta pesquisa, instinto frenado e razão operante.
“Trabalha, luta, ora e o céu estará em ti”, eis as
palavras de um lindo poema, intitulado “Por que se lamentar?”, autoria de um
Espírito Protetor, publicado por Kardec na edição de março de 1863 da Revista
Espírita, cujos versos definem com precisão como se concretiza o
processo evolutivo.
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